Milionário afirma ser dono da Lua e tem até escritura
Multimilionário Richard Garriott comprou equipamentos em leilão e alega que terreno explorado por eles são de sua propriedade
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Enquanto as agências espaciais se desdobram para estabelecer postos avançados na superfície lunar em um futuro próximo, surgem questões legais relacionadas aos recursos da Lua. Afinal, quem tem direito a explorar o território lunar?
Há quem, de fato, reivindique a posse da Lua, e até afirme que tem um “certificado de propriedade”. Trata-se do multimilionário britânico-americano Richard Garriott.

Garriott é presidente do Explorers Club, organização internacional, com sede em Nova Iorque, dedicada ao avanço da exploração de campo e investigação científica. Em uma conferência virtual, ele declarou: “Eu sou o dono da Lua”.
Em 2008, o milionário desembolsou US$ 30 milhões para voar até a Estação Espacial Internacional (ISS), onde permaneceu por 11 dias, sendo um dos primeiros a praticar o “turismo espacial”.
Enquanto esteve na ISS, Garriott fez uma “travessura” que só confessou muitos anos depois. Escondeu, em algum lugar atrás dos painéis que revestem o interior da estação, uma porção das cinzas do corpo do ator James Doohan, o “Scotty” da série Star Trek.
Durante a videoconferência, ele esclareceu: “Não reivindicarei a Lua inteira”. Segundo Garriott, ele tem direito a uma pequena parte do satélite natural da Terra. Essa declaração deriva do fato de ele ter investido US$ 68,5 mil, em 1993, para comprar o módulo Luna 21, da União Soviética, e seu rover Lunokhod 2, que exploraram a superfície lunar 20 anos antes.
O negócio foi fechado durante um leilão espacial da Sotheby’s em Nova Iorque, que garantiu a Garriott uma fotografia de um modelo do Lunokhod 2 e um conjunto de documentos em russo e em inglês, incluindo uma escritura de transferência e um certificado de propriedade. “Foi a primeira vez que um objeto que não está na Terra foi vendido”, disse o empresário.
Garriott ressaltou que seu rover rodou cerca de 40 km sobre o território lunar, então, ele diz que também é dono dessa pista.
Tanto a Rússia quanto os EUA já concordaram com relação a seus pontos de pouso lunar, informando que eles estão fora dos limites para o tráfego de entrada para fins históricos e patrimoniais.
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