Madrugada violenta em Cariacica, quatro pessoas morreram e uma foi baleada
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A violência tomou conta de Cariacica entre a noite de sábado e a madrugada de ontem. Quatro pessoas foram mortas e uma ficou baleada após ataques que aconteceram nos bairros Porto Novo e Flexal II, num intervalo de apenas quatro horas.
O primeiro crime aconteceu em Porto Novo, às 22h, na rua Comunitária. Testemunhas relataram à polícia que ocupantes de um carro preto teriam passado disparando no local. O jovem identificado como João Carlos Amorim Mattos, de 18 anos, morreu com duas perfurações no pescoço, uma no abdômen e uma na perna.
Outro jovem, de 26 anos, foi atingido por quatro tiros. Ele foi socorrido por moradores até o Pronto Atendimento de Alto Lage, e de lá foi transferido para outro hospital da Grande Vitória. De acordo com as primeiras investigações, o alvo dos atiradores seria essa segunda vítima, que conseguiu sobreviver.
Uma hora e meia depois, dois criminosos em uma motocicleta passaram pela avenida Nossa Senhora da Penha, uma das principais do bairro Flexal II, atirando.
A vítima da vez foi Maxwell Dias Sarti, de 23 anos. Testemunhas afirmaram que ele estava próximo ao local conhecido como “Beco do Casquinha”, quando foi atingido pelos disparos. Ele teve várias perfurações: duas nas nádegas, três na coxa direita, uma na perna esquerda, uma no ombro esquerdo, três no tórax, quatro na região dorsal e uma no pescoço, além de múltiplas pela cabeça e rosto.
Às 2h da madrugada, os moradores foram acordados novamente com tiros: suspeitos dispararam mais de 30 vezes na rua dos Operários, que fica a menos de um quilômetro do local onde Maxwell foi morto.
Quem estava caminhando pela rua era um casal de amigos, identificados pelas famílias como Leonardo Cruz Stassmann, de 29 anos, e Eliane Rosa Pereira, de 42 anos. Os dois, de acordo com os parentes, são usuários de drogas.
Leonardo foi morto com perfurações nas coxas, ombro, tórax e braços. Ele chegou a correr, mas caiu a menos de 30 metros de onde Eliane morreu, baleada no tórax, ombro, cabeça e nas mãos.
A mulher deixou nove filhos. “Eu sempre avisei, falava para ela sair dessa vida, agora não tem mais jeito”, desabafou a mãe da vítima, uma catadora de recicláveis, de 63 anos. Leonardo, apesar de morar na Serra, costumava frequentar Flexal, onde vendia peixes.
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