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Cidades

Especialistas alertam para vício em jogos, celular, compras e sexo


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O ato simples de jogar, usar o celular, comprar algo ou, até mesmo, fazer sexo pode se tornar um sofrimento para, aproximadamente, 900 mil pessoas no Estado. Essa é a quantidade estimada de viciados nessas áreas no Espírito Santo e o número aumentou durante a pandemia.

A compulsão por comprar, por exemplo, atinge cerca de 3% da população, segundo pesquisas recentes apresentadas por especialistas. No Estado, isso representa mais de 120 mil pessoas.

“A compulsão é um comportamento repetitivo que a pessoa executa com a intenção de aliviar um desconforto ou ansiedade. São atos aos quais o indivíduo não consegue resistir. No vício, há uma busca pelo prazer, e o comportamento pode gerar deterioração física e mental”, explica o presidente da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo (Apes), Valdir Ribeiro Campos.

Ele, que também é professor da UVV, explica que há evidências de que os comportamentos relacionados ao jogo, por exemplo, ativam sistemas de recompensa semelhantes aos ativados por abuso de drogas.

“O vício em celular e internet, por exemplo, atinge cerca de 10% das pessoas no Brasil. Uma pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), feita com jovens entre 15 e 19 anos de Vitória, concluiu que 25,3% eram viciados em internet”, destaca.

O psiquiatra Fábio Olmo, diretor da Clínica Aube, diz que o uso compulsivo do celular tem aumentado pelas facilidades que há hoje com o smartphone. “É o meio pelo qual interagimos, acessamos o banco, estudamos, vemos vídeos etc. Temos o mundo nas mãos pelo celular”.

O número de dependentes do aparelho é tão crescente que a próxima atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID 11) vai incluir o transtorno de compulsão pelo uso de internet.

Já a compulsão por sexo atinge 6% da população, segundo estimativas de pesquisas científicas, o que equivale a cerca de 245 mil pessoas no Estado.

“O vício em pornografia é diferente do vício em sexo. O vício em sexo, geralmente, está associado ao ato sexual com outras pessoas e o viciado ainda tem comportamento de risco, com vários parceiros diferentes”, explica a ginecologista e sexóloga Lorena Baldotto, colunista de A Tribuna.

“Pensava 24 horas por dia em jogar”

Um funcionário dos Correios de 52 anos conta que foi viciado em jogos de cartas por 10 anos.

Imagem ilustrativa da imagem Especialistas alertam para vício em jogos, celular, compras e sexo
Um funcionário dos Correios de 52 anos conta que foi viciado em jogos de cartas por 10 anos |  Foto: Antonio Moreira/ AT

Começou como brincadeira ainda na adolescência, mas, aos 20 anos, passou a jogar apostando dinheiro.

“Nem dinheiro eu tinha. Pegava dos meus pais, escondido, para apostar. Quando comecei a trabalhar, arriscava o dinheiro que tinha e que não tinha na mesa. Quando ganhava, queria mais; quando perdia, queria recuperar, e ficava. Não pensava em mais nada, pensava 24 horas por dia em jogar”.

Tipos de vícios

Jogos

  • O jogo patológico é definido como o comportamento de continuar jogando, apesar de consequências negativas ou o desejo de parar.
  • O problema atinge cerca de 3% da população. No Espírito Santo, seriam, aproximadamente, 122 mil pessoas.
  • O vício em jogos eletrônicos entra para a lista de distúrbios de saúde mental com a atualização da lista de doenças. O perfil de risco inclui homens de 18 a 24 anos com personalidade impulsiva.

Celular

  • A nomofobia, como é classificado o vício em celular, é o medo irracional de ficar desconectado do mundo virtual. “Nomo” é abreviação do termo em inglês “no mobile”, que significa “sem aparelho móvel”.
  • atinge 10% da população no Brasil, mas especialistas acreditam que, entre os jovens, o índice pode ser ainda maior. Uma pesquisa da Ufes, feita com jovens de 15 a 19 anos de Vitória, concluiu que 25,3% eram viciados em internet.

Compras

  • Oniomania é o nome dado ao impulso incontrolável e constante de comprar produtos, mesmo que não haja necessidade de adquirir o objeto. O paciente sente prazer momentâneo, mas que logo se transforma em tristeza.
  • Muitas vezes, é aceito socialmente e considerado apenas característica de uma personalidade consumista.
  • A compulsão por compras atinge 3% da população no Brasil. No Estado, isso representa mais de 120 mil pessoas.

Sexo

  • A compulsão por sexo é um distúrbio, também conhecido como conduta sexual compulsiva.
  • O problema faz com que a pessoa não consiga controlar as suas necessidades sexuais, negligenciando sua saúde, os seus relacionamentos e, até mesmo, a sua própria vontade.
  • A doença atinge, aproximadamente, 6% da população. É diferente do vício por pornografia, pois o paciente não se contenta em apenas ver. Ele precisa ter o contato com outra pessoa.

Saiba mais

Compulsão

  • A compulsão é um vício do comportamento. São hábitos que se propagam, mesmo possuindo um caráter ruim ou nocivo à pessoa.
  • Geralmente, a pessoa viciada repete o ato na busca por saciar uma ansiedade ou um desejo impulsivo que não consegue controlar, de acordo com os especialistas.

Vício

  • O vício é quando a compulsão, o hábito ruim, se torna frequente e a pessoa passa a ser dependente daquilo. É uma forma mais genérica de se referir à compulsão. O hábito se torna a atividade mais importante e fonte exclusiva de prazer.

Sintomas

  • O hábito é realizado com intuito de aliviar uma angústia ou ansiedade.
  • Para o paciente, realizar o comportamento traz um alívio temporário, mas ele é rápido, fazendo com que a pessoa precise repetir o comportamento em pouco tempo.
  • Não realizar o comportamento causa sensação de angústia, aumentando significativamente a ansiedade. Parar o vício causa um mal-estar físico e psicológico. Às vezes, só o fato de tentar diminuir já faz com que haja desconforto.
  • A realização de atos compulsivos traz prejuízos para a vida pessoal, as finanças, os relacionamentos, a carreira, entre outros, além de colocar em risco a saúde da pessoa.
  • O comportamento compulsivo, muitas vezes, pode fazer com que o viciado tenha prejuízos sociais. A pessoa deixa de cumprir compromissos sociais e até profissionais em função do vício.
  • Uma das características da compulsão é o sofrimento, pois o paciente tem consciência de que seu comportamento é exagerado e que precisa de ajuda para se livrar do vício.

Fonte: Especialistas consultados.
 

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