Vitória passa a exigir comprovante de residência para vacinar a segunda dose da Coronavac
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A aplicação da segunda dose da vacina da Coronavac foi retomada em Vitória, mas, a partir de agora, para receber a imunização será necessário que o morador da Capital apresente o comprovante de residência no local de vacinação. A mudança foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) da Capital nesta quarta-feira (19).
"O morador de Vitória, independente de onde ele recebeu a primeira dose da vacina, deve apresentar o comprovante de residência e as pessoas que receberam a primeira dose da vacina em Vitória, independente de morar na Capital, devem apresentar o comprovante da primeira dose", disse a secretaria, em nota publicada no site da prefeitura.
A decisão, porém, causou tumulto em unidades de saúde da capital com pessoas se queixando de não terem conseguido tomar a segunda dose do imunizante.
De acordo com a Semus, a decisão de exigir comprovante de residência e de vacinação da primeira dose foi tomada após diálogo com o Ministério Público Estadual e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
"A medida foi adotada frente à escassez da vacina Coronavac e buscando garantir a vacina a quem tomou a primeira dose em Vitória e ao residente, uma vez que o quantitativo recebido é proporcional à população", disse a Semus, em nota.
Assim, um morador de Vitória que tomou a primeira dose da Coronavac em outra cidade, pode receber a segunda dose em um dos locais de vacinação na Capital, desde que apresente o comprovante de residência e da primeira dose da vacina.
O morador de um bairro de Vitória que tomou a primeira dose nesse local pode receber a segunda dose da Coronavac em outro bairro da Capital, desde que também apresente os comprovantes de residência e da primeira dose. Esses documentos também são exigidos para quem mora em outro município e tomou a primeira dose na Capital.
Já aquela pessoa que mora em outra cidade e recebeu a primeira dose da Coronavac por lá, não vai poder agendar a segunda dose em Vitória.
A Semus ressalta que esta exigência é válida somente para a aplicação da segunda dose da vacina Coronavac.
Nesta quarta, o município começou a vacinar pessoas que deixaram o nome na lista de espera pela segunda dose da Coronavac até o dia 11 de maio nas unidades de saúde da Capital e abriu um agendamento para aplicar a dose de reforço naqueles que têm 65 anos ou mais e em trabalhadores da saúde vacinados com a primeira dose até o dia 8 de abril.
A Capital recebeu um lote com 11.150 doses da Coronavac para serem aplicadas como segunda dose.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a parte operacional das ações de vacinação são realizadas pelos municípios.
A distribuição das doses que o Estado faz aos municípios é proporcional à sua população de residência.
"Dessa forma, a Sesa orienta que as pessoas tomem a vacina no seu município de residência. Sobre a questão de vacinar somente pessoas residentes naquela localidade a decisão é do município baseado no quantitativo de vacinas que ele tem disponível. No entanto, caso o município esteja recusando vacinar moradores de outras cidades, é importante que no ato do agendamento o cidadão seja informado por meio de mensagem ou outra forma definida pelo gestor", informa.
Em nota, o Ministério Público Estadual disse que, por meio do Gabinete de Acompanhamento da Pandemia (GAP-Covid-19) e da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, expediu Notificação Recomendatória para a Secretaria Municipal de Saúde de Vitória para que fossem adotadas todas as medidas necessárias para garantir a organização dos serviços de saúde e as ações de vacinação por meio do agendamento (via web, contato telefônico ou visita em domicílio) do público que ainda não conseguiu agendar e tomar a segunda dose das vacinas aplicadas.
"Em diálogo com o município, foi esclarecido que a forma mais efetiva seria por meio do agendamento para contemplar efetivamente todos os munícipes de Vitória. O objetivo foi garantir que todos os munícipes que estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso completem a vacinação de forma mais rápida. O MPES tem recebido diversas denúncias quanto ao atraso no recebimento da segunda dose", diz a nota do MPES.
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