Pacotuba, o parque das árvores gigantes e centenárias no ES
Parque localizado em Cachoeiro de Itapemirim é considerado santuário de espécies ameaçadas de extinção
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Imagine ter entre 100 e 400 anos e, ainda assim, esbanjar vitalidade. Essa é a realidade de algumas árvores da Floresta Nacional (Flona) de Pacotuba, como os jequitibás-rosa, bandarras e figueiras. Localizado em Cachoeiro de Itapemirim, o lugar, que está aberto à visitação gratuita, é considerado um santuário de espécies “gigantes”, centenárias e ameaçadas de extinção.
“Temos várias árvores com dimensões bastante expressivas, que demonstram que isso aqui é próximo da mata primitiva”, disse a diretora das Flona, Augusta Rosa Gonçalves.
Criada em 2002, a Flona é uma unidade de conservação federal gerenciada e fiscalizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O espaço abrange mais de 449 hectares e abriga mais de 300 espécies de árvores, sendo que cerca de 50 delas estão ameaçadas de extinção. “O desafio é fazer com que as pessoas entendam que isso aqui é um patrimônio importantíssimo, que contribui para o clima de Cachoeiro e para atrair turistas à região”, complementou Augusta.
Além de abrigar espécies centenárias, a Flona é utilizada para a reprodução dessas espécies. Diariamente, funcionários e pesquisadores se dedicam à coleta de sementes, que são tratadas e enviadas para a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde são transformadas em mudas.
Essas mudas são distribuídas para diversos locais e plantadas por moradores, visitantes e ambientalistas. “As mudas representam não apenas a preservação do meio ambiente, mas também um impacto positivo para a sociedade, reforçando a importância da conservação”, explicou Augusta.
A Floresta Nacional de Pacotuba está localizada a 15 quilômetros do centro de Cachoeiro de Itapemirim. O espaço está aberto para visitação de terça-feira a domingo, das 8h às 17h.
Já em Vargem Alta, Adenilson Panzin, o Tio Adê, de 55 anos, dedica sua vida à preservação da Mata Atlântica e de árvores com mais de 100 anos. Na comunidade de Nova Esperança, ele mantém em sua propriedade várias espécies nativas, como a gindiba, que pode atingir até 50 metros de altura.
“São espécies lindas, que merecem ser preservadas. Enquanto eu estiver vivo, vou dedicar minha vida à preservação da natureza”, finalizou Adenilson.
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