Após pedido de Bolsonaro, manifestantes liberam rodovias do ES
De acordo com o órgão, 25 trechos foram liberados até a madrugada desta quinta
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou, no início da manhã desta quinta-feira (3), que caminhoneiros e manifestantes não estão mais bloqueando rodovias federais no Espírito Santo. De acordo com o órgão, 25 trechos foram liberados até a madrugada de hoje (3).
Publicada às 22h40 desta quarta (2), no Twitter, a última atualização com bloqueio mostrava que o último ponto de bloqueio era em Colatina, no km 60 da BR-259. Até esse horário, o trânsito seguia com fluxo pare e siga. À meia-noite, a PRF afirmou que o último trecho tinha sido liberado.
O movimento teve início na noite de domingo (30), como forma de protesto à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, na eleição para a presidência da República, e chegou a acontecer em 19 estados do País. Agora, segundo a Polícia Rodoviária Federal, o número caiu para 11 estados.
Além do Espírito Santo, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Sul desinterditaram todas as rodovias. As informações foram repassadas pelas PRFs de cada estado.
No entanto, mesmo com a queda, ainda existem 100 pontos de interdição no Brasil. O número chegou a 235, antes do pronunciamento de Jair Bolsonaro, na tarde de terça (1º).
Ilegalidade
Na noite dessa segunda-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que os bloqueios das vias eram ilegais e que o governo deveria adotar, imediatamente, "todas as medidas necessárias e suficientes" para desobstruir as rodovias ocupadas por apoiadores de Jair Bolsonaro, em protesto pelo resultado das eleições.
Além da Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar também foi citada e obrigada a cumprir a determinação.
Já nesta quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro apareceu em mais uma gravação fazendo um apelo para que os manifestantes retirassem os bloqueios e saíssem das rodovias. O vídeo foi publicado nas redes sociais do político.
Durante a fala, o chefe do Executivo disse estar "chateado e triste", assim como muitos brasileiros, mas que é preciso "ter a cabeça no lugar" para não prejudicar a economia.
"O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas. Está dentro da constituição e nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Tem que respeitar o direito das pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo a nossa economia", disse o presidente.
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