X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Saúde

Psiquiatra alerta: “Vício em jogo é tão prejudicial quanto substância química”

Vício em jogos e celulares pode causar sérios danos emocionais, sociais e físicos


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Psiquiatra alerta: “Vício em jogo é tão prejudicial quanto substância química”
Especialistas alertam que vícios em jogos e celulares ativam os mesmos mecanismos cerebrais que drogas |  Foto: Imagem ilustrativa/Canva

Não são apenas os vícios em drogas e álcool que têm preocupado médicos e psicólogos. O cenário de dependência em jogos e celulares já é considerado por especialistas como alarmante.

“Vícios comportamentais, como jogos ou uso excessivo de celulares, podem ser tão prejudiciais quanto o de substâncias químicas. Ambos ativam áreas do cérebro relacionadas ao prazer e à recompensa, levando à dependência”, alerta a psiquiatra Letícia Mameri, diretora da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo (Apes).

Imagem ilustrativa da imagem Psiquiatra alerta: “Vício em jogo é tão prejudicial quanto substância química”
Letícia Mameri explica que os danos podem incluir isolamento social, prejuízos financeiros e ansiedade |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os danos, segundo a médica, podem incluir isolamento social, prejuízos financeiros, ansiedade, depressão e até problemas físicos, como insônia ou sedentarismo.

A psicóloga Luiza Bazoni explica que, embora os mecanismos sejam diferentes, os efeitos do vício no cérebro e na vida da pessoa podem ser igualmente devastadores, sejam eles em substâncias ou comportamental.

“Ambos ativam os mesmos circuitos cerebrais; disparam o sistema de recompensa e dopamina, o que gera prazer. Com isso, o cérebro começa a precisar daquele estímulo para sentir prazer ou aliviar dor, o que pode levar à compulsão”.

De acordo com Luiza, o problema é que muitas vezes os vícios comportamentais são confundidos com “hábito ruim” ou “falta de disciplina”, atrasando o diagnóstico e o tratamento. “O fato de não envolverem drogas não torna os vícios comportamentais menos graves”.

O psiquiatra Valber Dias Pinto analisa que durante muito tempo jogos eram proibidos, mas sempre existiu o potencial de causar vício, assim como agora existe o mesmo risco com os celulares e as redes sociais.

“Os algoritmos são estruturados de maneira a nos oferecer algo que gostamos e fazemos uso repetidamente, ativando assim o sistema de recompensa”.

O psiquiatra Frankson Fonte Boa, membro da Apes, chama atenção para o fato de que os dependentes em jogos tendem a terceirizar a culpa e costumam se vitimizar.

“As famílias hoje têm mais facilidade de ter 'tudo'. A nova geração não sabe lidar com a frustração. Os pais acreditam que sofreram muito e não querem o mesmo para os filhos. Os pais cada vez mais blindam os filhos. E quando esses meninos se frustram, apresentam quadros ansiosos e depressivos”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: