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Saúde

Pesquisa confirma eficácia de remédio contra obesidade


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O processo de emagrecimento, muitas vezes, é demorado, e nem sempre é tão fácil atingir o peso ideal apenas com dieta e exercícios. Mas a ciência vem mostrando que há medicamentos que podem ajudar na guerra contra a balança.

Uma pesquisa internacional, realizada com quase 2 mil adultos de 16 países, publicada na revista científica New England Journal of Medicine (Diário da Medicina Nova Inglaterra, em tradução livre), mostrou que a semaglutida, usada no tratamento de diabetes tipo 2, tem eficácia contra a obesidade.

Os participantes receberam injeções subcutâneas semanais de semaglutida ou um placebo. O estudo mostrou uma perda média de peso de 15 quilos durante o tempo de realização da pesquisa, de 15 meses, sem a necessidade de cirurgia, entre as pessoas que tomaram a medicação, em comparação com 2,6 kg entre aqueles que não tomaram o remédio.

De acordo com a endocrinologista Gisele Lorenzoni, a semaglutida tem recomendação na bula para uso em pessoas com diabetes tipo 2 com sobrepeso ou obesidade.

“Esse medicamento é um análogo do (hormônio) GLP-1, que controla a glicose. Ele atua também retardando o esvaziamento gástrico, reduzindo o apetite e aumentando a saciedade”, explicou.

Nutrólogo e médico do esporte e exercício, Guilherme Giorelli explica que todos os pacientes do estudo foram orientados a fazer uma dieta com 500 calorias a menos que o seu gasto energético total e realizar 150 minutos de exercício por semana.

Guilherme, que também é coordenador e professor da pós-graduação de Nutrologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, frisa que a indicação do remédio no artigo é para pessoas com o índice de massa corporal acima de 30 ou acima de 27 com outra comorbidade.

A medicação, de acordo com o nutrólogo Roger Bongestab, ainda não tem liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada para tratar a obesidade. “Nós, médicos, podemos fazer a prescrição off label (fora da bula), mesmo sem estar em bula, desde que saibamos que existem resultados eficazes”.

O médico explicou que o remédio pode apresentar náuseas como principal efeito colateral. O preço médio mensal do tratamento é de R$ 700, segundo Roger, quando se usa dose de um miligrama.

Saiba mais

O medicamento

  • Indicada para tratamento de diabetes tipo 2, a semaglutida é um similar do hormônio GLP-1, produzido pelo intestino, liberado na presença de nutrientes (glicose) e que promove regulação do apetite e da glicemia.
  • É um análogo de GLP-1, ou seja, possui uma estrutura química muito parecida com o hormônio natural.
  • Além de inibir a fome, o medicamento retarda o esvaziamento gástrico, aumentando a sensação de saciedade.
  • Foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2018, para uso no tratamento da diabetes tipo 2.
  • Apresenta como principais efeitos colaterais náusea e diarreia.

Valor

  • O custo médio mensal de R$ 700, quando se usa dose de um miligrama (mg).

Estudo

  • Uma pesquisa internacional, realizada com quase 2 mil adultos de 16 países, publicada na revista científica New England Journal of Medicine (Diário da Medicina Nova Inglaterra, em tradução livre), mostrou que a semaglutida tem eficácia contra a obesidade.
  • Durante o período, os participantes receberam injeções subcutâneas semanais de semaglutida ou um placebo.
  • A indicação no artigo foi para pessoas com índice de massa corporal acima de 30 ou acima de 27 que tinham também outra comorbidade.
  • O estudo mostrou uma perda média de peso de 15 quilos durante o tempo de realização da pesquisa, de 15 meses, sem a necessidade de cirurgia, entre as pessoas que tomaram a medicação, em comparação com 2,6 kg entre aqueles que não tomaram o remédio.
  • Os participantes foram acompanhados por nutricionistas, para o estabelecimento de uma alimentação mais balanceada, além de terem feito exercícios físicos.
  • Nos pacientes que receberam o remédio, foi usada a dose de 2,4 mg.

Indicação

  • A indicação exclusiva para obesidade não está na bula, mas o uso pode ser feito se o médico responsável avaliar que existe benefício para o paciente.
  • A semaglutida já está liberada no Brasil, nas doses terapêuticas de 0,5 e 1 mg.
Fonte: Médicos consultados e pesquisa AT.

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