Os 10 remédios genéricos campeões de vendas nas farmácias do ES
Quatro deles são para controle da hipertensão arterial, que atinge cerca de 850 mil no Estado. Losartana é o mais comercializado
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Completando 26 anos, os medicamentos genéricos chegam a ter valores mais de 60% menores que os de referência. Entre os 10 genéricos mais vendidos no País, quatro deles são para controle da hipertensão arterial, que atinge cerca de 850 mil pessoas no Estado.
A Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) divulgou esta semana um levantamento inédito, que mostra que 94% dos medicamentos genéricos comercializados no Brasil são fabricados nacionalmente.
No ranking dos genéricos mais vendidos, quem lidera é o anti-hipertensivo Losartana, que teve mais de 167 milhões de unidades comercializadas no último ano.
O segundo mais vendido é o analgésico dipirona sódica, que também ultrapassou as 100 milhões de unidades em 12 meses.
A lista ainda conta com anti-inflamatório, anti-gases, medicamento para reduzir o colesterol “ruim” e dois para disfunção erétil e hiperplasia benigna da próstata.
O presidente executivo da Alanac, Henrique Uchio Tada, disse que os medicamentos genéricos já são bem conhecidos da população. “Hoje, essa categoria abrange um leque muito grande de classes terapêuticas e tem preço menor do que o produto de referência. Além disso, tem confiabilidade, segurança, eficácia e qualidade atestadas”.
Henrique Tada destacou que esses medicamentos têm registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com testes comparativos.
Valores
“É uma classe importante porque permite maior acesso a opções terapêuticas. Os valores têm que ser, no mínimo, 35% mais baratos que os de referência. Mas a economia chega a ser bem superior muitas vezes”.
O farmacêutico Antuany Reis destacou o aumento da confiança dos pacientes com os medicamentos genéricos ao longo dos últimos anos. “Temos ainda um público mais resistente, que prefere levar o medicamento de referência. No entanto, temos visto mais pessoas optando pelo genérico”.
Ele reforçou que um dos pontos que ainda confunde as pessoas é achar que existe o medicamento “original” e o genérico. “Muitos não entendem que genérico não é falsificado. A lei dos genéricos veio facilitar o acesso aos medicamentos para a população que não tinha condições de comprar”.
SAIBA MAIS
Medicamentos genéricos
> São aqueles que contêm o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia (dose) e indicação terapêutica do medicamento de referência.
> Além disso, o genérico apresenta eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência.
> Dessa forma, é segura a substituição do medicamento de referência pelo seu genérico, assegurada por testes de equivalência terapêutica.
> Os genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na qual se lê “Medicamento Genérico”.
Preços menores
> Os valores do medicamento genérico é menor, pois os fabricantes de medicamentos genéricos não precisam realizar todas as pesquisas que são realizadas quando se desenvolve um medicamento inovador.
> Pelas regras, os genéricos devem ser, no mínimo, 35% mais barato que o medicamento de referência.
Números
94% dos medicamentos genéricos comercializados no Brasil são fabricados nacionalmente.
67% chega a ser a economia ao comprar o genérico, em relação a um medicamento de referência.
39% do total de medicamentos comercializados hoje são genéricos.
Crescimento no País
> As vendas de genéricos cresceram 7% no 1º trimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024.
Genéricos mais vendidos no País:
1º Losartana (anti-hipertensivo)
2º Dipirona Sódica (analgésico)
3º Hidroclorotiazida (anti-hipertensivo)
4º Nimesulida (anti-inflamatório)
5º Tadalafila (disfunção erétil)
6º Simeticona (anti-gases)
7º Enalapril (anti-hipertensivo)
8º Sinvastatina (colesterol)
9º Atenolol (anti-hipertensivo)
10º Sildenafila (disfunção erétil)
Hipertensão arterial
> O ranking dos medicamentos genéricos mais vendidos chamou a atenção para o número de medicamentos voltados para controle da hipertensão arterial.
> Quatro dos dez genéricos da lista são para tratamento da doença, que acomete 30% da população. No Estado isso representa 850 mil pessoas.
> Entre as consequências de ter pressão arterial elevada, está o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca.
Fonte: Alanac e pesquisa A Tribuna.
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