Médicos explicam diabetes do filho de Marília Mendonça
Menino, que tem hoje 2 anos de idade, foi diagnosticado com o tipo 1 da doença, que exige uso de insulina para garantir o controle
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Quase 17 milhões de pessoas têm diabetes no País, de acordo com o Ministério da Saúde, e recentemente o filho da cantora Marília Mendonça, Léo, de apenas de 2 anos, foi diagnosticado com o tipo 1 da doença.

Revelação foi feita pela avó da criança Ruth Moreira, mãe da cantora, que morreu há um ano em um acidente de avião. Segundo Ruth, em entrevista à revista Quem, a glicose do menino é controlada com ajuda da endocrinologista, além de pediatra e nutricionista.
A endocrinologista Sabrina França explica que o diabetes é quando há uma elevação dos níveis de glicose no sangue.
“O organismo perde a capacidade de manter esses níveis de glicose no sangue. A insulina é responsável por 'pegar' a glicose que circula no sangue e 'jogar' para dentro da célula para servir como fonte de energia”, explica.
Segundo a médica, no diabetes tipo 1 ocorre uma falta total da insulina e o pâncreas para de produzi-la, elevando os níveis de glicose. “Já no diabetes tipo 2 também existe uma deficiência de insulina, mas é uma deficiência relativa”.
Sede excessiva, aumento da frequência e do volume urinário, aumento de apetite e mesmo assim pode ocorrer perda de peso, falta de energia e cansaço excessivo são alguns dos sintomas da doença, conforme aponta a endocrinopediatra Tatiana Genelhu.
“O diabetes tipo 1 é mais comum na criança e no adolescente, mas também pode acometer adultos”.
A endocrinopediatra Christina Hegner destaca que o diabetes tipo 1 é uma doença de ordem genética. “Isso significa que a criança já nasce com essa alteração e com a propensão a estar diabética. Na maioria das vezes são fatores que vão desencadear a doença. Fatores ambientais são os mais importantes para desencadear a doença, como viroses”, revelou a médica.
“Agora com a pandemia, tivemos um aumento importante do número de casos de diabetes tipo 1, desencadeados pela infecção”.
Fatores emocionais também podem desencadear o diabetes tipo 1, de acordo com Christina.
O diagnóstico da doença é feito por meio de alguns exames, como o exame de glicemia em jejum.
A médica Tatiana salienta que não há cura para o diabetes.
“O diabetes é uma doença crônica. No diabetes tipo 1 os pacientes necessitarão do uso de insulina. No diabetes tipo 2 poderão usar medicações orais”.
VOCÊ SABIA?
Amputação
Sem o acompanhamento e controle adequado do diabetes, pode haver uma série de complicações, como doença renal, retinopatia, glaucoma, catarata, infecções na pele e neuropatia periférica, que pode levar à amputação.
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