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Saúde

Médicos dizem como evitar as 10 doenças que mais matam


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As escolhas do dia a dia podem definir se, em decorrência de doenças, uma pessoa terá mais ou menos anos de vida. É o que garantem   médicos e pesquisadores em saúde. 

Consumir  azeite de oliva e, no máximo, uma colher de chá de sal por dia,  além de fazer exercícios aeróbicos cinco vezes na semana são algumas dicas dos médicos para prevenir as 10 doenças que mais matam no Brasil e no Estado.

Avanços da ciência também trazem   descobertas que podem contribuir  com as dicas, como    pontua a endocrinologista  Alana Rocha Puppim, professora da UVV.

“Uma das linhas de pesquisas mais promissoras são os anticorpos monoclonais, medicamentos feitos com  biotecnologia, que visam bloquear as células que agridem o pâncreas. São remédios que retardam o surgimento do diabetes tipo 2, o mais comum entre os brasileiros”. 

Dados   do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), enviados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apontam que o diabetes foi a terceira doença que mais matou em 2020 no Espírito Santo. Foram    1.116 mortes,     atrás apenas da covid-19,  com 4.885; e do infarto (1.926). 

A endocrinologista  Marina Pazolini destaca que pesquisas  internacionais comprovam que mudanças no estilo de vida, com melhora da alimentação e perda de peso, reduziram em 58% a incidência de diabetes em um período de três anos.

 “O resultado é superior a quem apenas tomava medicamentos e não mudava estilo de vida. Outro estudo, com   dieta de baixa caloria em pacientes diabéticos tipo 2, mostrou remissão da doença, condição por muitos sem possibilidade de reverter, sendo revertida”.

A ciência também procura comprovar medidas de prevenção ao infarto e à cardiopatia hipertensiva, que têm a pressão alta entre as causas. Já um estudo publicado pela Associação Americana do Coração mostrou que quem amplia o consumo de vegetais vê o risco cardiovascular cair 30%.  

O cardiologista Diogo Barreto,  coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Evangélico de Vila Velha,  diz que,  além da alimentação,  atividades físicas aeróbicas por, pelo menos, 40 minutos em cinco dias na semana melhoram o condicionamento do coração, o fluxo sanguíneo e reduzem o risco de doenças cardiovasculares.

Imagem ilustrativa da imagem Médicos dizem como evitar as 10 doenças que mais matam
As amigas Radharani Dasi Rodor, 40, e Gisella Vianna, 44 |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Mudanças na rotina

O susto com uma doença séria fez com que as amigas Radharani Dasi Rodor, 40, e Gisella Vianna, 44, mudassem suas rotinas.   

Radharani tinha uma vida   agitada e  estressante.  “Em um mês, tive cinco pequenos AVCs. Comecei a  estudar sobre saúde e mudei   minha rotina e alimentação”.  A partir daí,  ela passou a  ajudar pessoas a recuperarem o autocuidado e a ter saúde.

Foi assim que conheceu Gisella, que enfrentava o câncer pela segunda vez. “O exercício foi uma virada de chave. Emagreci 23 quilos   e, hoje, minha saúde está ótima!”, conta.

As dicas dos especialistas

1 Covid-19

Há dois anos, o mundo convive com a  doença provocada pelo  coronavírus, que causa infecções respiratórias e outros sintomas. No Estado, foram    4.885 mortes em 2020. Este ano foram 8.094, sendo, ao todo,  12.979 vítimas.

Novidades e prevenção

  • Como é uma doença nova no mundo e que causou uma pandemia, novidades em pesquisas surgem com muita frequência. Uma das novidades no Brasil é que a vacina em spray desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) contra covid-19 pode estar disponível em 2023. A universidade  apresentou a proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda autorização para início de estudos em humanos.
  • Nesta semana, a Agência Britânica, que equivale à Anvisa no Brasil, aprovou o uso do remédio molnupiravir contra a covid, para pacientes em estado leve ou moderado e que tenham, pelo menos, um fator de risco para a doença evoluir para caso grave.
  • Principais formas de prevenção: uso de máscara e higienização das mãos.

2. Infarto

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. Causou 1.926   mortes em 2020.

Novidades e prevenção

  • Estudos internacionais mostraram que  diminuir o consumo de sal reduz o  risco de mortes por infarto, mas quando a diminuição é demasiada, o risco aumenta. O ideal é o consumo de, no máximo, 6 gramas, que equivale a uma colher de chá, por dia. 
  • Uma dieta com consumo regular de gorduras boas, como azeite, ômega 3, presente nos peixes,   frutas secas e vinho de forma moderada reduz em 30% o risco de uma pessoa sofrer doenças cardiovasculares.
  • A Universidade de Geórgia, nos Estados Unidos, publicou estudo mostrando que a noz-pecã  pode melhorar muito  os níveis de colesterol de uma pessoa se consumida regularmente. Ela tem um alto teor de antioxidantes que protegem o coração.

3. Diabetes

É causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. É  a terceira causa de morte em mulheres e a quarta em homens no Brasil, segundo dados do  SUS.

Novidades e prevenção

  • Além de ser uma das principais causas diretas de morte, a doença colabora para as condições que mais matam no Brasil: o infarto e AVC. 
  • Pesquisas  promissoras são as que trabalham medicamentos  que  atuam reduzindo a resistência do corpo ao funcionamento da insulina e prevenindo   diabetes. Além desses, os anticorpos monoclonais são  esperança para o enfrentamento da doença. 
  • Outros estudos  observados de perto  são o de  pâncreas artificial  e o de transplante de pâncreas.

4. Cardiopatia hipertensiva 

 É uma consequência da pressão arterial alta sem controle, principalmente, que sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos, causando a doença. Já causou 457 mortes este ano.

Novidades e prevenção

  • Uma  das menores formas de proteger o coração, além de uma alimentação com nutrientes cardioprotetores, é a prática de exercício físico, segundo o cardiologista Diogo Barreto. 
  • A Diretriz de Prevenção cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia  inidica que é necessário fazer, pelo menos, 30 minutos de atividade física vigorosa e  intensa  na maioria dos dias da semana para o fortalecimento do coração. Ou 40 minutos de exercícios menos intensos, também cinco vezes na semana, pelo menos. 
  • Quem tem  tendência  à obesidade ou  possui  perfil familiar  deve  fazer 60  minutos  de  atividade física de intensidade moderada por dia. Os que foram obesos e perderam peso devem fazer de 60 a 90  minutos, para evitar recuperar o peso perdido.

5. Pneumonia

É  uma infecção que se instala nos pulmões, provocada pela infiltração   de um agente infeccioso ou irritante, como bactérias, vírus, fungos  ou por reações alérgicas no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Foram 729  vítimas em 2020.

Novidades e prevenção

  • Uma das formas de prevenção da pneumonia é fortalecer o sistema imunológio. Um trabalho da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que cerca de 80% de todas as células imunes do corpo estão no trato gastrointestinal. 
  • A pesquisa confirma  estudos cujos resultados apontam que    a microbiota humana pode  ajudar na prevenção de várias doenças. 
  • A dica da pneumologista Jéssica Polese  é tomar a vacina. Ela garante que a melhor forma de prevenção é a  vacina  pneumocócica, que, mesmo não sendo capaz  de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais graves. 
  • A  vacinação contra a gripe  também reduz os riscos de hospitalizações e  morte pela doença.

6. ALZHEIMER

É  uma doença neurodegenerativa, progressiva, que se manifesta apresentando deterioração cognitiva e da memória de curto prazo. Em  fase avançada, o paciente precisa de cuidador e fica acamado. Foram 712  mortes pela doença em 2020.

Novidades e prevenção

  • Recentemente,  foi aprovado nos Estados Unidos o primeiro medicamento que  mostrou resultados promissores  em  interromper ou, ao menos, retardar a progressão da doença de Alzheimer. Ainda é um remédio muito caro e sem registro  no Brasil. 
  • De acordo com o  neurologista José Antônio Fiorot Júnior,  as pesquisas para  Alzheimer estão se concentrando, principalmente, no uso de medicamentos que vão agir  para evitar  a formação daquelas alterações microscópicas dentro do corpo, nos neurônios da memória. 
  • Pesquisas publicadas recentemente indicam que proteínas tóxicas que se acumulam em regiões do cérebro podem ser  responsáveis pelo declínio cognitivo associado à doença.

7. DPOC

As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) ocorrem devido à inflamação ou obstrução crônica no revestimento dos brônquios ou bronquíolos, dificultando a troca de gases da respiração. Foram  618 mortes   em 2020 no Estado.

Novidades e prevenção

  • A principal causa de DPOC é o tabagismo.  A dica de prevenção dos médicos é parar de fumar e fazer exames de rastreamento durante, pelo menos, 10 anos após parar.  
  •  A  Universidade de Washington está  fazendo uma pesquisa  com células-tronco para o tratamento  da DPOC. A ideia  é revestir as vias aéreas, ajudando a impulsionar a produção de muco nos pulmões e, assim, fazer com que a troca de gases no pulmão volte ao normal, sem incentivar reação do sistema imunológico. 

8. AVC

O acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.  A doença matou 527 pessoas no Espírito Santo  em 2020.

Novidades e prevenção

  • As pesquisas são muito mais avançadas no tratamento da fase aguda do AVC. No Espírito Santo, atualmente, os pesquisadores desenvolvem três  estudos clínicos patrocinados pelo Ministério da Saúde. 
  • Dois deles são sobre o uso de um novo medicamento venoso para desobstruir a artéria cerebral afetada, avaliando  se pode ser utilizado acima de 4,5 horas do início dos sintomas, segundo o neurologista  da Rede Meridional José Antônio Fiorot Júnior. 
  • O outro estudo está avaliando se o tratamento com cateterismo cerebral (trombectomia mecânica) pode ser feito com mais de 8 horas do início dos sintomas, utilizando-se apenas uma tomografia de crânio simples na admissão.

 9. Câncer  de pulmões

 Está relacionado especialmente ao cigarro e à estimativa é de   29 mil mortes pela doença em 2020 no Brasil. No Estado, foram 500 mortes em 2020. No mundo,   é o mais frequente entre os homens.

Novidades e prevenção

  • Uma das novidades em pesquisa foi  apresentada no Congresso Americano de Oncologia:   acrescentar a imunoterapia à quimioterapia, tratamento usado para tumores avançados e que, agora, prova ser eficaz na fase  precoce da doença, o que pode  elevar as chances de cura. 
  • A dica da pneumologista Ciléa Victória Martins  é fazer exames anuais e  lembrar que o  pulmão não se regenera depois 10 anos sem fumar. Parar de fumar  evita mais lesões, agressões e a evolução da doença.    
  • O oncologista Fernando Zamprogno alerta que, a partir dos 50 anos, todos os fumantes, não importa o tanto e nem o tipo de cigarro que   fumam, precisam  fazer uma tomografia por ano para diagnosticar tumores de forma precoce.

10.  Câncer de estômago

Pode surgir em qualquer local do estômago e, normalmente, aparece como uma úlcera, provocando sintomas como azia constante, dor no estômago e perda de apetite.

Novidades e prevenção

  • É um tipo de câncer muito relacionado à alimentação desequilibrada. Pesquisas apontam que frutas ricas em vitamina C podem ajudar na prevenção deste tipo de câncer.
  • A novidade é que estudos mostram que a  imunoterapia deve ser incluída no  tratamento deste câncer, seja no cenário de doença avançada, seja no pós-operatório. Um estudo internacional apontou o papel da biópsia líquida na individualização do tratamento deste tipo de tumor, indicando o uso da medicina personalizada.

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