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Saúde

Fala Doutor: Medo excessivo de ficar doente exige tratamento

Batizado de nosofobia, transtorno causa diversas limitações aos pacientes, que sofrem com sintomas físicos e psicológicos


Fobos, na mitologia grega, é o deus do medo, filho de Ares e Afrodite. Na atualidade, o mito de Fobos serviu para dar nome a uma das doenças mais recorrentes da atualidade: a fobia. Existem vários tipos de medos irracionais que são relacionados a essa enfermidade e uma delas é a nosofobia, que gera ansiedade pelo medo de adoecer.

Pacientes que sofrem com esse distúrbio procuram os médicos para encontrar um diagnóstico, mas muitas vezes não acreditam nas evidências do profissional. 

Psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Letícia Mameri afirma que essa doença pode apresentar diversas limitações ao paciente. 

“A pessoa passa a acreditar nos sintomas físicos, começa a ter comportamentos evitativos e vive imerso em uma intensa ansiedade por uma doença que não existe”.

 

Imagem ilustrativa da imagem Fala Doutor: Medo excessivo de ficar doente exige tratamento
A psiquiatra Letícia Mameri diz que medicamento e terapia ajudam no tratamento |  Foto: Divulgação

Em entrevista ao AT em Família, a médica revela os fatores de risco, sintomas, tratamento e muito mais.

AT em Família – O que é a nosofobia?

Letícia Mameri – A nosofobia é um distúrbio de sintomas somáticos, também considerado um transtorno de ansiedade gerado pelo medo de adoecer. Apresenta várias limitações ao paciente, que passa a crer nos sintomas físicos, apresenta comportamentos evitativos e vive imerso nessa intensa ansiedade por um diagnóstico que não existe.

Quais fatores de risco podem levar alguém a ter essa fobia?

Os fatores de risco são exposição a elevados níveis de cobertura midiática sobre doenças e riscos de contrair determinadas doenças, ter sofrido problemas de saúde traumáticos no passado, além de exposição repetida a pessoas com doenças graves.

A nosofobia parece ser mais comum entre estudantes e investigadores que passam muito tempo lendo sobre doenças específicas. Estas condições são frequentemente designadas por “doença dos estudantes de Medicina”.

Qual a diferença entre nosofobia e hipocondria?

O paciente hipocondríaco não tem medo do diagnóstico e se trata de algo no presente. Ele também não fica imerso em ansiedade ou à espera de alguma doença no futuro, como ocorre no quadro de nosofobia. 

Na nosofobia vai existir o medo de adquirir uma doença específica e esse receio atormenta a vida da pessoa.

Quais os comportamentos de alguém que pode estar com nosofobia?

O principal sintoma da nosofobia é o medo e a ansiedade significativos em torno do desenvolvimento de uma doença, geralmente bem conhecida e potencialmente fatal, como  câncer, doenças cardíacas ou HIV.

Esta preocupação tende a persistir mesmo depois de os prestadores de cuidados de saúde o examinarem. O paciente pode sentir a necessidade de consultar o seu médico frequentemente para exames ou testes, mesmo que já lhe tenham dado um atestado de saúde limpo.

Quais são os sintomas?

Os nosofóbicos têm frequentemente ataques de pânico. Estes ataques podem ser extremamente assustadores e angustiantes para a pessoa que os sofre. Os sintomas acontecem, na maioria das vezes, de forma repentina e sem quaisquer sinais ou aviso prévio. 

Por mais avassaladores que sejam os sentimentos de ansiedade, um ataque de pânico pode causar sintomas físicos reais, tais como suor, tremores, calafrios, falta de ar ou dificuldade em respirar, taquicardia, dor ou aperto no peito e tonturas, além de sintomas psicológicos, como medo de desmaiar, medo de morrer, culpa, vergonha,  dificuldade de concentração, raiva, alterações de humor, entre outros.

Existem tratamentos para a nosofobia?

Existem tratamentos tanto medicamentosos quanto terapias.

O que pode prejudicar o tratamento?

Não aceitar ajuda e estigmatizar o tratamento é extremamente prejudicial para a evolução clínica da doença.


PERGUNTAS DOS LEITORES


Como superar o medo de ficar doente?

Jaini Anastácio, 27 anos, professora

O medo de ficar doente já pode, por si só, significar que você está doente, portanto procure ajuda.

É importante que as pessoas procurem atendimento médico especializado quando existe esse sofrimento “irracional” ou quando o medo começa a prejudicar a sua vida.

Por que é importante tratar as fobias?

Marcelo Martins de souza, 24 anos, estudante

As fobias devem ser levadas a sério. Se não forem tratadas de forma adequada, elas podem começar a limitar a vida dos que sofrem. Em alguns casos, os transtornos podem gerar  ansiedade e depressão extremas. Saber gerir esses pensamentos pode ajudar uma pessoa a viver ou a superar o medo existente.


SAIBA MAIS


Outros sintomas

  • Os nosofóbicos podem sentir fisicamente náusea, sensação de desmaio, boca seca, calafrios, hiperventilação, aumento da pressão sanguínea, entre outros sintomas.
  • Já os sintomas psicológicos podem ser medo de perder o controle, sentimentos de pavor, medo de morrer, sentir-se triste ou sem esperança, sentir-se confuso, ter dificuldade de concentração, entre outros.

Fique por dentro

  • A nosofobia também é considerada um transtorno de ansiedade gerado pelo medo de adoecer.
  • Pacientes que têm esse distúrbio podem sofrer com limitações que afetam sua forma de viver sozinho e com outras pessoas.
  • Alguns fatores podem levar uma pessoa a desenvolver a nosofobia, entre eles estão ter sofrido problemas de saúde traumáticos no passado, exposição repetida a pessoas com doenças graves, entre outros.
  • O principal sintoma da nosofobia é a ansiedade e o medo significativos em torno do desenvolvimento de uma doença. Também é comum que os nosofóbicos tenham ataques de pânico frequentes.
  • Nosofóbicos - São aquelas pessoas que sofrem com a nosofobia.
  • Taquicardia - É o aumento da frequência cardíaca para mais de 100 bpm.

Os números

  • 20% da população mundial é atingida por alguma fobia
  • 1º lugar entre as fobias mais comuns é a fobia social
  • 13% da população nacional sofre de fobia social

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