De repente grávida! Histórias de mulheres que engravidaram no "susto"
Especialistas ouvidos por AT em Família revelam que é possível engravidar mesmo usando com rigor um método contraceptivo
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Engravidar ou não é uma decisão que cabe apenas à própria mulher, e existem diferentes métodos contraceptivos que contribuem para o planejamento familiar. Entretanto, há casos em que a mulher acaba engravidando mesmo seguindo com disciplina e rigor um método confiável.
O AT em Família conversou com mães que passaram por essa situação. O relato em comum é que, além de uma gestação não planejada, ainda precisaram lidar com críticas de pessoas (até próximas) afirmando que a gravidez foi “falta de cuidado”.
Para esclarecer de vez se isso acontece ou se “só engravida quem quer”, a reportagem buscou especialistas. Eles explicaram que não existe um método 100% eficaz, apesar de alguns terem taxas elevadas.
Os métodos contraceptivos são divididos em categorias. Podem ser hormonais, de barreira, comportamentais, definitivos e outros, pontua a ginecologista e obstetra Anna Carolina Bimbato.
“Porém, a maioria da população não tem acesso a esses métodos. Os mais conhecidos são a pílula e o preservativo feminino, porém não são os mais eficazes. Os métodos mais eficientes são os considerados de longa duração, como o implante e os dispositivos intrauterinos”, salienta a médica.
Carlyson Moschen, diretor clínico da Unifert, destaca que a possibilidade de engravidar é de 25% ao mês em mulheres de até 30 anos. Ou seja, é baixa.
“Os métodos mais suscetíveis a falhas são os naturais, como ter relações fora do período ovulatório e o coito interrompido. Com métodos que não são naturais, a chance de engravidar é muito pequena”.
Além da escolha do método a utilizar, Carlyson destaca que é importante se atentar às datas de validade e prazos de troca. Com os anticoncepcionais orais, há a preocupação do uso diário correto. Com o preservativo, é importante fazer o uso correto e se certificar de que não existe furo.
Lorena Baldotto, ginecologista e colunista de A Tribuna, acrescenta que a educação sexual acontece nas escolas e deveria ser realizada também em casa. “É preciso reforçar os cuidados, pois podem ocorrer falhas por descuido, sexo sem camisinha, uso de medicação, alimentação que interfira na eficácia ou falha do método próprio método”, ressalta Lorena.
“Foi um susto”
"Ninguém acredita quando digo que engravidei mesmo tomando comprimido por sete anos”, conta Patrícia Rosário, 43 anos. Isso mesmo hoje, que o filho Arthur Rosário Pirola Merighetti já está com 14 anos. O questionamento é sobre falhas ao tomar a pílula ou até ter engravidado de propósito.
Patrícia enfatiza que adotava todos os cuidados corretamente. Afinal, ela tem miastenia grave, doença autoimune que provoca fraqueza dos músculos. A gestação representava risco de morte para mãe e filho. “Foi um susto”, disse. Felizmente, os dois sobreviveram. No destaque, mãe e filho após o nascimento.
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