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Saúde

Ansiedade pode provocar queda de cabelo, diz dermatologista

O problema facilita o surgimento de doenças como psoríase e dermatite seborreica, que favorecem a queda


Imagem ilustrativa da imagem Ansiedade pode provocar queda de cabelo, diz dermatologista
Oliete Guerra explica que remédios também podem provocar alopecia |  Foto: Leone Iglesias/ AT

A alopecia, uma condição que provoca a perda de cabelo ou de pelos de qualquer outra região do corpo, atinge cada vez mais homens e mulheres. Além da genética, algumas questões de saúde influenciam no problema.

De acordo com a dermatologista Oliete Guerra, médica com mais de 40 anos de profissão e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), até quadros de ansiedade e de depressão influenciam na queda capilar.

A Tribuna- O que é e quais são as causas da alopecia?

Oliete Guerra- A alopecia é o nome que nós usamos para a queda de cabelo, que pode ser só no couro cabeludo ou no restante do corpo. As causas são variadas. Você pode ter alopecia por uma anemia, por doenças autoimunes, uso de determinados produtos químicos nos cabelos, após uma infecção, por uso de um medicamento, após o parto, por estresse, entre outras causas.

Há muitos casos de alopecia após viroses e pós-covid 19. São situações comuns e muito intensas. Há, ainda, a calvície, que é um tipo de alopecia de predisposição genética.

Quais são os tipos de alopecia?

Há a alopecia androgenética, em que a região superior do couro cabeludo fica mais rala, que é mais comum em homens, mas também afeta as mulheres.

Há, ainda, a alopecia areata, que faz com que algumas áreas do couro cabeludo ou do corpo, como a barba, fiquem totalmente sem cabelo. Além disso, temos a alopecia conhecida como eflúvio telógeno, que é a perda normal de cabelos que temos uma vez por ano, mais ou menos.

Cada tipo de alopecia tem causas específicas?

Exatamente. Não existe uma única forma de se tratar a queda de cabelo. Por isso, é importante o acompanhamento do dermatologista. Precisamos identificar as causas específicas de cada pessoa. Se uma pessoa tem queda de cabelo por conta da anemia, por exemplo, o problema irá persistir até que se cure a anemia.

Até questões dentárias podem influenciar na queda de cabelo. Precisamos investigar o paciente. A primeira consulta é focada em entender a história dele. Essa história vai direcionar a indicação médica de tratamento para o cabelo. Temos de ouvir, analisar e entender os motivos da queda capilar.

Há formas de dermatite, como a seborreica, por exemplo, que causam caspa intensa e, por isso, favorecem a queda do cabelo. Há, ainda, a psoríase, que é uma doença que pode dar no corpo e no couro cabeludo.

Existem sinais de alerta?

Algumas pessoas ficam com o couro cabeludo dolorido antes da queda. Já tive pacientes que diziam que não conseguiam deixar a cabeleireira fazer uma escova porque sentiam dor e, logo depois, veio a queda.

Há uma relação entre a alopecia e as questões de saúde mental?

Sim. Muitas vezes, quadros de ansiedade e de depressão favorecem a queda capilar porque facilitam algumas doenças, como a psoríase e a dermatite seborreica. Essas doenças, então, levam à queda capilar.

Há, ainda, pessoas que tratam a ansiedade e a depressão com medicamentos que levam à queda de cabelo. O tratamento é, então, multiprofissional, porque pode envolver o psicólogo e o psiquiatra, por exemplo.

Quais são as principais opções de tratamento para alopecia?

Eu diria que o tratamento é um conjunto de cuidados. Depende de cada caso. Algumas vezes, é necessário repor vitaminas e utilizar produtos tópicos para estimular o crescimento e o fortalecimento dos fios. Tecnologias como laser, radiofrequência microagulhada, microinfusão de medicamentos (mmp) ou eletroporação complementam o tratamento, assim como o uso de leds.

Em outros casos, é preciso observar se há outras condições de saúde que influenciam a queda capilar, como a dermatite seborreica, por exemplo. O tratamento é individualizado.

Quais são as recomendações preventivas contra a alopecia?

Eu diria, principalmente, para não deixar de procurar o tratamento precocemente. Durante o tratamento, não indico que meus pacientes utilizem qualquer produto químico no cabelo, principalmente as escovas alisadoras. A pintura é a única exceção.

Costumo indicar que os pacientes lavem os cabelos com água fria. Não tenham medo de lavar os cabelos, porém não durmam com eles molhados, e evitem ao máximo utilizar chapinhas.

Elas são inimigas do tratamento contra a queda de cabelo. Não puxe os cabelos para ver se eles estão soltando.

O secador de cabelo, quando utilizado com distância do couro cabeludo, não é algo perigoso.

Os números

42 milhões de brasileiros sofrem com algum grau de queda de cabelo

60% dos casos de alopecia acontecem em pessoas com menos de 20 anos


Fique por dentro

Classificar o tipo de alopecia é essencial para direcionar o protocolo de tratamento. A queda de cabelos é multifatorial, então, é importante buscar um dermatologista e investigar as causas individuais do problema.

A calvície é uma condição que afeta mais os homens por estar diretamente associada à presença dos hormônios sexuais masculinos, principalmente a testosterona. Ainda assim, a calvície pode ocorrer em mulheres, mas costuma ser menos intensa, quando acontece.

O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Para isso, é importante buscar um tratamento, que pode envolver produtos tópicos para estimular o crescimento e o fortalecimento dos fios, além de tecnologias como laser, radiofrequência microagulhada, microinfusão de medicamentos (mmp) ou eletroporação.

Folículo capilar- Bolsa tubular em que se localiza a raiz do fio capilar.

Dermatite seborreica- Doença cutânea que provoca descamação no corpo.



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