Novo coronavírus: proteja a sua família
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Os últimos dias de 2020 estão chegando, e desta vez é hora de se despedir de um ano atípico para todos, marcado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Mesmo com a vontade de comemorar e de estar junto de quem se ama, especialistas alertam que, mais do que nunca, o momento é de prevenção e de cuidados.
Com o número de casos diários em constante alta desde setembro, o Estado enfrenta um dos momentos mais críticos da pandemia. Entre os índices preocupantes, está a taxa de transmissão, ainda a acima de 1, indicando crescimento de casos. Outro dado que deixa o Estado em alerta é a taxa de ocupação de leitos de UTI, acima de 80% nas redes pública e particular.
A secretária municipal de Saúde de Vitória, Cátia Lisboa, enfatizou que a Covid desde o primeiro caso detectado, sempre esteve presente em nosso cotidiano. "As pessoas precisam entender que o ato de se proteger, automaticamente vai proteger as pessoas que estão ao seu redor, em especial os familiares e pessoas que residem no mesmo domicilio. Nesse momento a corresponsabilidade é um fator primordial para o sucesso das ações implementadas pelo poder público, pois o comportamento da população será determinante para os resultados."
Ela enfatizou que a população precisa ajudar na quebra da cadeia de transmissão do novo coronavírus, e isso só será possível com a adoção de medidas e protocolos de segurança pelas pessoas.
"Se a sociedade capixaba conseguir assumir sua parcela de responsabilidade nesse processo, teremos uma ampla possibilidade de vencer mais uma batalha nesta guerra contra a Covid-19. A prefeitura continua distribuindo máscaras para a população, fazendo monitoramento preventivo de pacientes com doenças crônicas por meio de consultas presenciais e remotas, além do monitoramento de pacientes com diagnóstico de Covid19 e de seus familiares."
Entre as ações, ela pontuou também a orientação à população, aos comerciantes e demais seguimentos, quanto as demais medidas do protocolo de segurança contra a epidemia.
A implantação da telemedicina foi uma estratégia que possibilitou o atendimento de pacientes em domicilio, sem a necessidade de deslocamento presencial até a unidade de saúde para atendimento de suas demandas. "Foram 81.000 atendimentos de enfermeiros na Central 156 e mais de 19.000 atendimentos remotos de consultas médicas. Além da telemedicina outras medidas foram adotadas para ofertar atendimento em tempo oportuno para os munícipes de Vitória. Mas se as pessoas não tomarem os cuidados pessoais, por mais esforço que o poder público faça, mesmo assim vamos perder muitas vidas. Vidas que possuem uma história, famílias, projetos e que são amadas pelos seus", pontuou.
Ela reforçou o apelo feito pelos órgãos governamentais quanto a necessidade das pessoas continuarem tomando os cuidados, tais como: o uso de máscaras, lavagem adequada das mãos ou uso de álcool 70% e distanciamento social.

Festas de fim de ano
Uma das preocupações de médicos e especialistas nessa época é com as festas de fim de ano.
Cátia ressalta a necessidade de uma reflexão no sentido de repensar as festas tradicionais, que reúnem muitas pessoas. "Os festejos natalinos e de reveillon se repetem anualmente, mas comprometer a nossa saúde e a saúde daqueles que amamos, muitas vezes é algo difícil de resgatar. Esse ano vamos precisar construir novas alternativas de celebrar esse momento cultural tão importante no Brasil. E abrir mão do modo tradicional das festas natalinas e da virada para nos proteger, mas principalmente para proteger aos que mais amamos. E como somos criativos, as novas modalidades de comemoração a distância já estão surgindo."
Ela observou que tem sido adotado um comportamento de isolamento dos idosos, mas jovens têm saído de casa sem a adoção dos protocolos de segurança. Nesse caso, eles se contaminam e podem desenvolver a doença de forma assintomática.
"O que acontece é que muitos desses jovens moram com idosos ou fazem visitas, transmitindo o vírus aos idosos e demais membros do grupo de risco. Nesse momento o público jovem é o que mais se contamina e o que tem maior dificuldade de adesão aos protocolos de isolamento, uso de máscara e higiene adequada das mãos", reforçou.
A secretária frisou que é hora de não apenas se cuidar, mas proteger a sua família. "O poder público faz a sua parte, mas cada um precisa também adotar as medidas de proteção."
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