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Política

Famílias e amigos proíbem política no WhatsApp

Ordem é mudar de assunto e não dar prosseguimento às discussões, para evitar conflitos que levem a um distanciamento


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Imagem ilustrativa da imagem Famílias e amigos proíbem política no WhatsApp
O casal Davi e Natália teve muitas discussões quentes com familiares com ideias políticas diferentes das suas em 2018, chegando a ficar sem falar com alguns. A família, então, decidiu fazer um pacto para não falar mais de política no grupo do WhatsApp |  Foto: Douglas Schneider/AT

Administradores de grupos de aplicativos de mensagem como o WhatsApp estão tendo de criar regras para evitar que a política faça com que amizades se acabem ou familiares se afastem.

Isso porque a polarização política existente no Brasil transformou o que deveria ser uma possibilidade de contato maior com pessoas queridas em um palco para provocações e brigas. 

Um exemplo está no casal Davi Paresqui Ribeiro e Natália de Oliveira Vieira. O marítimo e a funcionária pública relatam que, como tiveram problemas com familiares dos dois lados nas eleições de 2018, fizeram um pacto de não falar em política nas redes sociais ou no WhatsApp.

“Somos de esquerda, mas há bolsonaristas na família. Em 2018 foi uma guerra. Brigamos com familiares e eu cheguei até a ficar sem falar com pessoas que eram próximas”, explica Natália.

“Mas hoje a maioria dos nossos familiares já entenderam que esse tipo de briga não vale a pena, porque virou 'religião'. Criou-se uma 'regra informal' dentro desses grupos para  abafar e mudar de assunto quando alguém posta alguma provocação, para não causar desunião”, comenta Ribeiro.

Mas não é apenas em grupos de família em que isso acontece. Até mesmo em grupos com objetivos específicos a regra precisa ser aplicada para evitar episódios desgastantes. 

É o que conta o aposentado José Renato Margon, de 74 anos. Ele é administrador do grupo de WhatsApp “Unione degli Italiani e Trentini dell'Espirito Santo”, que foi criado em 2017 e tem 225 participantes, sendo  voltado para integrar descendentes de italianos.

Na descrição do grupo, há a seguinte frase: “Pede-se para não postar assuntos de interesse pessoal (religião, política ou futebol) sob pena de ser removido por administradores”.

Margon destaca que a proibição não vale quando o tema é política italiana, porque segundo ele “não há polarização lá como há aqui”.

“O objetivo do grupo é a interação entre ítalos-brasileiros e também de orientá-los quando há algum referendo que mude algumas leis italianas, por exemplo. No início, era comum algumas pessoas falarem de política brasileira e haver conflito por conta da polaridade. Então, passamos a punir”.

SAIBA MAIS

- Momento político

o aumento  do uso de smartphones no Brasil permitiu a proximidade de familiares e amigos por meio de aplicativos de mensagem como o WhatsApp.

 Porém, a popularidade do WhatsApp e da criação de grupos de familiares e amigos neste aplicativo coincidiu com período de polaridade política no País, que colocou a esquerda e a direita em debates acalorados.

- Levantamentos 

De acordo  com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha realizado no final de 2019, um a cada cinco brasileiros bloqueou parente ou amigo nas redes sociais ou em aplicativos de mensagem por conta da política desde 2018. 

Além disso,  uma a cada quatro pessoas saiu de algum grupo do WhatsApp para evitar discussões.

Já o levantamento  do Internet Lab constatou que 72% dos brasileiros passaram a evitar falar de política em grupos de WhatsApp. 

Fonte: Internet Lab e Instituto Datafolha.

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