Vendedor é mordido ao reagir a assalto e consegue segurar acusado em Vitória
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Cansado de ser abordado por assaltantes, um vendedor, 21 anos, reagiu a um assalto e lutou com um homem armado, na manhã desta segunda-feira (26), em Santo Antônio, Vitória.
O acusado, 26 anos, chegou a apertar o gatilho uma vez para o alto, mas o revólver não disparou.
O vendedor contou que estava no ponto, esperando o ônibus para ir ao trabalho, quando o investigado desceu de um coletivo do sistema Transcol com o revólver de calibre 32 na mão.
“Eu estava sozinho no ponto e ele veio apontando a arma na minha cara. Eu levantei as mãos e disse que ia entregar o celular. Na hora que ele trocou a arma de mão, para pegar o aparelho, eu segurei a mão dele que estava com a arma e o joguei no chão”, relatou o jovem, que não quis se identificar.
Enquanto tentava imobilizar o acusado, o vendedor chegou a ser mordido no rosto pelo ladrão. “Ele ainda tentou levantar, mas fiquei um tempão o segurando com bastante força”, lembrou.
Quem passava pela rua viu a situação e foi ajudar o rapaz. Um grupo de pelo menos 10 pessoas se juntou e começou a agredir o investigado. Uma equipe da Guarda Municipal de Trânsito, que passava pela rua, foi até a multidão e conteve os ânimos da população.
O revólver que o acusado usou estava com uma munição. “Ele chegou a apertar o gatilho uma vez para o alto, mas a arma não disparou. Ouvi só o barulho dele apertando”, disse o vendedor, que ficou com as mãos, os braços e o rosto ferido.
Testemunhas relataram que o investigado, antes de abordar o jovem, teria acabado de fazer um arrastão no ônibus. Ele estava com cerca de três celulares no bolso, que foram recuperados por algumas vítimas que chegaram ao local depois dele ter sido imobilizado pelos guardas.
Por conta dos ferimentos, o acusado foi levado para o Pronto Atendimento (PA) da Praia do Suá, no mesmo município, e depois encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE).
Apesar de saber dos perigos de se reagir a um assalto, o vendedor contou que estava cansado de ser abordado. Em apenas duas semanas, essa foi a terceira vez que tentaram roubar o celular dele. “Na segunda vez eu só fingi que não ouvi e saí andando. Mas nessa acabei segurando ele”, lembrou a vítima.
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