Traficante da Serra preso acusado de cinco mortes na disputa por tráfico
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Um traficante da Serra, 35 anos, é investigado pela morte de cinco pessoas, quatro delas mortas em menos de um mês. Além disso, outras duas vítimas baleadas estão na lista dos crimes pelos quais o criminoso é acusado. Segundo a polícia, a motivação é a disputa pelo tráfico.
A polícia encontrou o criminoso, procurado há um ano, na última sexta-feira (1º), num apartamento em Parque Residencial Laranjeiras. Ele não teve o nome divulgado, mas, junto com um parceiro que está na cadeia desde junho, queria expandir o território para venda de drogas.
A dupla era uma ramificação do Complexo da Penha no município. Chefiando quatro pontos de tráfico na Serra, o traficnte e o parceiro, Paulo Henrique Andrade Araújo, 20, queriam conquistar a região do bairro das Laranjeiras e de Bicanga. Para isso, os ataques começaram.
No dia 28 de abril do ano passado, duas pessoas foram mortas pela dupla, que usava armamentos pesados no ataque, como o fuzil 556. Dias depois, em 3 de maio outra vítima foi executada. No dia 16 do mesmo mês, Joel de Souza foi assassinado. Todos os crimes aconteceram no bairro das Laranjeiras.
“Com a morte de Joel, identificamos a participação da dupla no crime e pedimos a prisão dos dois. Quando o PH foi preso, a perícia da pistola apreendida com ele indicou que a arma foi mesmo utilizada nesse crime”, explicou Daniel Fortes, delegado adjunto da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.
Depois do dia 16, a dupla ainda é suspeita de atuar em um tiroteio que deixou um ferido no bairro, em 27 de maio. Com PH preso, o serial killer ainda é investigado por um ataque em Praia Grande, Fundão, onde uma pessoa foi morta e outra baleada, no dia 12 de março deste ano.
No apartamento onde o criminoso foi preso, foi encontrada uma pistola 9mm. Por isso, ele será indiciado por porte de arma de fogo e pelo homicídio qualificado de Joel. Sobre os outros crimes, as investigações para responsabilizar os criminosos continuam.

“Foi uma prisão extremamente importante, porque intervém no crime organizado que tem como palco a Serra e o Complexo da Penha. Estamos diante de um serial killer. Se solto, ele continuaria matando”, declarou Arruda.
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