Técnica de enfermagem é suspeita de tentar matar o marido na UTI
O fato ocorreu durante o horário de visita. A mulher foi contida por funcionários do hospital
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Uma técnica de enfermagem, de 41 anos, está sendo investigada pela polícia por supostamente tentar matar o marido com uma injeção enquanto o paciente estava internado em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Unimed, em Cachoeiro de Itapemirim.
O fato ocorreu no horário de visita, por volta de 12h30 de segunda-feira (25). O marido estava sedado. Segundo a Polícia Militar, funcionários do hospital relataram que a mulher foi contida ao injetar no paciente um líquido amarelo que estava em uma seringa.
Ainda, de acordo com a PM, a mulher teria confirmado que injetou o medicamento Midazolam no marido, alegando que “queria acabar com o sofrimento dele”. O casal está junto há cerca de 20 anos e tem dois filhos.
A Unimed Sul Capixaba foi procurada, mas emitiu nenhum detalhe sobre o caso ou sobre os procedimentos adotados nos horários de visita, informando apenas que identificou a atitude suspeita e acionou a polícia para a condução do caso.

Os policiais apreenderam a seringa e conduziram a suspeita para o plantão da 7ª Delegacia Regional de Polícia de Cachoeiro.
O delegado plantonista, Thiago Mello, informou que ouviu a psicóloga que foi testemunha. Ela ressaltou que presenciou a mulher segurando nas mãos a seringa contendo o líquido amarelo, mas não chegou a vê-la aplicando a injeção no marido.
Ao delegado, a técnica de enfermagem alegou que não chegou a aplicar o conteúdo da seringa no marido. “Ela disse que pensava de fato em injetar o medicamento para amenizar a dor, mas que acabou dispensando o produto no chão”, ressaltou o delegado.
A seringa foi apreendida e passará por perícia para avaliar a substância que havia em seu interior.
O delegado também solicitou que a perícia do Serviço Médico Legal (SML) fosse ao hospital coletar amostra de sangue do marido da técnica de enfermagem para averiguar se o medicamento foi aplicado de fato ou não.
A técnica de enfermagem não foi presa em flagrante. O delegado instaurou inquérito policial e a polícia aguarda exames periciais complementares. O caso deve seguir para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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