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Polícia

Taxista invade delegacia e pede ajuda à polícia para se livrar de assaltante

Após uma mulher anunciar o roubo, ele entrou com o veículo no estacionamento da unidade policial, e a suspeita foi presa


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Imagem ilustrativa da imagem Taxista invade delegacia e pede ajuda à polícia para se livrar de assaltante
Taxista entrou com o veículo no estacionamento da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, no bairro Jaburuna. |  Foto: Fábio Nunes/AT

Acreditando que estava ajudando a  passageira, um taxista, de 54 anos, sofreu uma tentativa de assalto, durante corrida ao bairro Dom João Batista, em Vila Velha. A suspeita, de 52 anos, foi presa após o motorista invadir o estacionamento de uma delegacia e pedir socorro.   

O caso aconteceu por volta das 12h30, na segunda-feira (23), depois que o motorista desembarcou uma passageira no bairro Alecrim, no mesmo município. Em seguida, ao passar por Santa Inês, ele foi acionado pela suspeita.

“Ela disse que estava passando mal, que a pressão tinha caído e pediu para que eu a levasse até o bairro Dom João Batista”, contou o motorista, que pediu para não ser identificado.  

Quando o veículo passava pelo bairro, em uma rua conhecida pelo tráfico de drogas, a mulher anunciou o assalto. 

“Ela pediu para parar o carro e disse: 'não estou passando mal. Isso é um assalto'. Depois, colocou a mão dentro da mochila dela, como se fosse pegar uma arma e mandou eu entregar todos os  meus pertences”, relatou a vítima.  

No desespero, o motorista contou que deu marcha à ré no carro e depois saiu em alta velocidade. 

“Não achei uma viatura. Liguei o alerta do carro e fui pela Lindenberg, direto para o DPJ”, contou. 

Ao chegar à 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, no bairro Jaburuna, o motorista entrou com o seu carro e seguiu até o estacionamento, onde pediu socorro a policiais que estavam do lado de fora. 

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“Joguei o carro para cima de um policial civil e gritei, falando que tinha uma mulher querendo me roubar. Foi quando os policiais vieram e a prenderam”, disse o motorista. À vítima, a criminosa disse que precisava roubar objetos para pagar uma dívida com traficantes da região do bairro Dom João Batista.

O motorista ainda falou sobre o sentimento que teve ao descobrir que estava sendo enganado pela mulher. 

“Ela falou que estava passando mal. Eu dei minha confiança, até coloquei um louvor no carro, para ela se acalmar”, disse. 

A mulher foi presa em flagrante e autuada por roubo. Na manhã desta terça (24), antes de ser levada para o Centro de Triagem (CTV), de Viana, enquanto fazia exames no Departamento Médico Legal (DML), de Vitória, ela foi abordada pela reportagem e não quis comentar sobre o crime praticado. 

Motorista colocou louvor para acalmar suspeita

Acreditando que a falsa passageira estava  passando mal, conforme alegou ao entrar no veículo, o taxista abordado pela criminosa ligou o som do carro em uma estação de rádio que só toca louvores. 

Segundo a vítima, que é evangélica, o objetivo era trazer um momento de calma para a suspeita, já que ela havia dito que não se sentia bem. 

“Eu só pensei em ajudá-la. Como eu percebi que ela estava elétrica e como ela disse que estava passando mal, tentei dar o maior conforto possível, dentro do meu carro, até ela chegar no endereço final da corrida. Mas na verdade, tudo não passava de uma mentira”, contou o taxista, que pediu para não ser identificado.

Delegacia

Segundo ele, o assalto foi anunciado quando o carro passava pelo bairro Dom João Batista. Nervosa, a mulher fingiu pegar uma arma em sua bolsa e exigiu os pertences do motorista, que se negou a entregá-los. 

“Eu não entreguei, não ia entregar nada. Eu não tinha certeza se ela estava armada, mas senti que ela não faria nada comigo e por isso fui direto para a delegacia”, disse o taxista.

“Foi um momento de desespero”

Assustado e ainda sem acreditar que foi enganado por uma passageira, que fingiu passar mal para assaltá-lo, o taxista, de 54 anos, disse que entrar no estacionamento da delegacia foi a única opção após o crime ser anunciado. 

A Tribuna – Como aconteceu a tentativa de assalto? 

Taxista – Eu tinha acabado de deixar uma passageira no bairro Alecrim, em Vila Velha. Na volta, quando eu passava por Santa Inês, uma mulher fez sinal e perguntou se eu poderia levá-la até o bairro Dom João Batista, porque ela estava passando mal. 

E o que aconteceu depois?

Eu abri a porta, ela entrou. Eu abri os vidros das janelas e até coloquei um louvor, para ela se acalmar um pouco. Segui viagem e quando chegou ao bairro de destino, em uma rua onde fica o pessoal do tráfico, ela colocou a mão na bolsa, como se fosse tirar algo de dentro e falou: “Eu não estou passando mal. É um assalto”, exigindo que eu entregasse tudo. 

O que o senhor fez?

Eu disse que não ia entregar nada, que se ela tivesse de me matar, que me mataria. Depois, eu dei uma marcha à ré e sai correndo com o carro. Peguei  a Avenida Carlos Lindenberg e fui direto para a delegacia, onde eu entrei com o carro.  Tinha alguns policiais, sentados no banco, do lado de fora, eu joguei o carro em um deles e  gritei que tinha uma mulher tentando me roubar, dentro do carro. Foi quando eles vieram e a prenderam. 

Foi uma atitude de desespero entrar com o carro no estacionamento da delegacia ?

Foi. Foi um momento de desespero, na verdade. Eu não sabia o que essa mulher poderia tirar de dentro da bolsa. Faca? Arma? Não sabia do que ela era capaz. 

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