Polícia do ES prende suspeito de aplicar golpes em compras da internet
Outros dois suspeitos foram identificados. Eles estão envolvidos em uma organização criminosa interestadual que fez cerca de três vítimas no Estado
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A Polícia Civil identificou três suspeitos de estelionato na Grande Vitória. Eles são investigados por fazer parte de uma organização criminosa que comprava produtos de pessoas pela internet e não realizava o pagamento. Um dos suspeitos foi preso em flagrante, nesta quinta-feira (03), em Guarapari.

De acordo com a polícia, os suspeitos estão associados a uma organização interestadual que tem origem em São Paulo e Rio de Janeiro, e é especializada em crimes de estelionato.
De acordo com o delegado Guilherme Eugênio, titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Guarapari, a organização tem “diversas ramificações nos demais estados da federação”. No Espírito Santo, os suspeitos fizeram pelo menos três vítimas nas últimas semanas. “Os bens de duas vítimas já foram encontrados e restituídos", disse o delegado.
As investigações começaram depois que um homem negociou a venda de um celular pela internet, mas desconfiou de alguma ação criminosa após o suposto comprador do produto dizer que faria o pagamento depois que um motorista de aplicativo entregasse o smartphone.
O homem entrou em contato com a Polícia Civil, que acompanhou o trajeto do motorista de aplicativo até a cidade de Guarapari, onde ele fez a entrega do objeto para um dos integrantes da organização criminosa. Como o pagamento do produto não foi realizado, os policiais prenderam o homem que recebeu a mercadoria.
Com ele, foram encontrados um notebook e outros aparelhos que segundo o delegado foram recebidos em circunstâncias duvidosas.
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Depois do ocorrido, a polícia continuou com as investigações e constatou que a organização identificava as vítimas em anúncios de mercadorias na internet e negociava com os vendedores. Porém, os criminosos não efetuavam os pagamentos, dizendo que fariam após a entrega do produto ou enviando comprovantes de pagamento falsos.
Um motorista de aplicativo ou um membro da organização ia buscar o produto na casa do vendedor e passava a mercadoria para outros dois envolvidos. De acordo com a polícia, os comparsas locais recebiam cerca de R$ 100 para cada produto entregue.
Os líderes da organização criminosa foram indiciados pelos crimes de estelionato qualificado, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. A polícia Civil declarou que as investigações continuam para que possam prender os demais envolvidos nos crimes.
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