Justiça mantém presa advogada acusada de passar ordens de presos para facção
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A Justiça negou habeas corpus para uma das advogadas presas em operação do Ministério Público do Estado (MPES), acusada de fazer a comunicação entre os líderes de uma facção criminosa que estão presos para os integrantes que estão fora da cadeia.
O pedido de liberdade foi negado pela Segunda Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), na quinta-feira (23). Com a decisão, a advogada segue presa.
Ela e outros oito advogados são réus em uma ação judicial, após denúncia do MPES. Eles foram presos durante a Operação Armistício, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
"Eles se utilizaram indevidamente de prerrogativas essenciais à advocacia para garantir a comunicação criminosa entre lideranças da facção, que se encontram custodiadas em unidades prisionais do Estado, com integrantes em liberdade e foragidos do sistema judiciário. As investigações tiveram início em 2019", informa o MP.
As medidas judiciais de interceptações telefônicas e telemática, dentre outras diligências investigativas, culminaram na obtenção de provas de tráfico de drogas, aquisição e porte de armamentos e munições, execução e planejamento de crimes de homicídio, queima de ônibus e outras ações violentas. Esses crimes eram executados por meio dessa comunicação exercida por advogados.
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