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Polícia

Jovens compram dinheiro falso para gastar com baladas no ES

Cédulas são adquiridas pela internet e também são usadas para comprar roupas de grifes. No ano passado, 34 foram presos


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Imagem ilustrativa da imagem Jovens compram dinheiro falso para gastar com baladas no ES
A grande maioria dos jovens que está comprando notas falsas não tem noção da gravidade do crime. |  Foto: Canva

A invasão de notas falsas pelo País está deixando muita gente no prejuízo. E o que mais chama atenção da Polícia Federal no Espírito Santo é o perfil de quem está espalhando  todo esse dinheiro: jovens, de 18 a 25 anos, que estão adquirindo as cédulas falsas pela internet para gastar em festas e comprar roupas de grifes.

O material é enviado por quadrilhas especializadas em fabricar dinheiro falso, por meio dos correios.  Somente no ano passado, a Polícia Federal  apreendeu R$ 56 mil em notas falsas. Pelo menos 34 jovens foram presos em flagrante  por contrabandear o dinheiro. 

“No ano passado foram 34 presos, esse ano já foram três. São jovens na faixa dos 18 anos, quando muito, 25 anos.  Homens em sua  grande maioria, boa parte deles sem antecedentes criminais, alguns até com emprego”, informou o delegado Lorenzo Esposito, responsável pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal. 

Para abastecer esses jovens, fábricas, situadas nos estados de São Paulo e Paraná, fazem as vendas das notas por meio da internet. Inicialmente, não há indícios de que existam fabricantes no Espírito Santo.

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Imagem ilustrativa da imagem Jovens compram dinheiro falso para gastar com baladas no ES
Superintendente da Polícia Federal, Eugênio Ricas diz que os criminosos estão sendo identificados e presos. |  Foto: Fábio Nunes/AT

Superintendente da Polícia Federal no Estado, o delegado Eugênio Ricas explica que a grande maioria dos jovens que está comprando notas falsas não tem noção da gravidade do crime.

Eugênio Ricas afirmou que todos que forem pegos, comprando ou vendendo o material, serão identificados e presos.

“Eles compram com a finalidade de ir em uma  balada, festa ou até mesmo para adquirir um celular, uma roupa nova. Mas o fato é que essas pessoas serão presas, vão ser condenadas, vão passar um bom tempo atrás das grades, dividindo celas com assassinos, estupradores, com ladrões profissionais”, disse o superintendente.

Comercialização em sites de vendas e redes sociais

A ousadia de quem vende dinheiro falso é tão grande que os fabricantes costumam comercializar o material ilícito por meio da  internet. 

Segundo a Polícia Federal, além de anunciar em sites de vendas, os criminosos usam até as redes sociais, como Instagram, para oferecer as notas. 

“Muitas das cédulas são vendidas pela internet e enviadas pelos Correios. São colocadas em envelopes e enviadas para os endereços dos compradores. Mas como temos uma parceria importante com os Correios, muitas das vezes, eles detectam essas cédulas”, explicou o  superintendente da Polícia Federal no Estado, delegado Eugênio Ricas. 

Pelos envelopes, que na maioria dos casos contêm R$ 1 mil em notas de R$ 100, R$ 50 e até R$ 200, os compradores pagam de R$ 250 a R$ 300, revelaram as investigações da Polícia Federal. Quem for descoberto, vai ser preso.  

“Eles pagam cerca de 30% dos valores que vão receber em dinheiro falso. Compram, acham que vão poder gastar esse dinheiro na compra de tênis, em  baladas e vão sair impunes, só que não vão, vão direto para cadeia”, afirmou o delegado responsável pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, Lorenzo Esposito, da Polícia Federal.

Até 12 anos de cadeia

Se engana quem pensa que fabricar, vender ou repassar dinheiro falso não é crime grave.  Isso porque o Código Processual Penal aponta uma pena de reclusão de até 12 anos de cadeia.

Delegado responsável pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários,  Lorenzo Esposito explica que o crime é considerado grave por colocar em risco a economia brasileira.

Imagem ilustrativa da imagem Jovens compram dinheiro falso para gastar com baladas no ES
Delegado Lorenzo Esposito. |  Foto: Fábio Nunes/AT

“Afeta a credibilidade do nosso dinheiro. O  nosso  legislador colocou uma pena alta,  com o mínimo  de  três anos e a máxima  de 12”, disse o delegado. 

Ele afirmou  ainda que a pena máxima pode ser aplicada  pelo juiz, dependendo da atuação do suspeito investigado. Por exemplo, se a pessoa fabricava, vendia e ainda utilizava o dinheiro para comprar algo, ele poderia ter uma pena maior”.

Por ser considerado um crime relevante,  ele não possui fiança.

“O delegado não pode arbitrar fiança e a pessoa presa  vai para o sistema prisional.  Na audiência de custódia,  o juiz vai decidir se ele irá  responder em liberdade ou não”, disse. 

 Mesmo respondendo em liberdade, a pessoa terá várias consequências, entre elas, a impossibilidade de prestar concurso público.


ENTENDA


Fábricas 

Após uma onda de apreensão de dinheiro falso, unidades da  Polícia Federal de vários estados realizaram operações, a fim de descobrir quem estaria fabricando o produto ilícito.

Investigações apontaram  para  a existência de fábricas em São Paulo e no Paraná. Elas estariam enviando a mercadoria ilícita para vários estados, entre eles o Espírito Santo. 

Jovens

No Estado, a Polícia Federal, por meio de um núcleo especializado neste tipo de investigação, descobriu que os compradores eram jovens, de 18 a 25 anos.

A maioria é do sexo masculino, de classe baixa. Alguns até com empregos fixos. 

Objetivo 

A finalidade  era conseguir dinheiro fácil para entrar em baladas, festas e  shows. Também objetivam  comprar produtos, como roupas de grifes e  tênis, pela internet.

Crime

Comprar ou fabricar dinheiro falso é crime e está previsto no artigo 289 do Código Penal.  

Se condenada, a pessoa que for presa em flagrante pelo delito, dependendo do que for imputado a ela, pode pegar até 12 anos de cadeia. 

Perícia 

Para contribuir com o trabalho de quem investiga as quadrilhas, fabricantes de dinheiro falso, a Polícia Federal conta com  um laboratório de alta tecnologia, onde são realizados os exames necessários em cada cédula apreendida. 

Raio-X

Por meio de uma espécie de “raio-X”, as notas passam por alguns processos de identificação, quando são analisadas várias informações, como número de série, marca d’água,  entre outras. 

Fonte: Polícia Federal.

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