Homem é preso suspeito de aplicar golpe do empréstimo em idosos no ES
A estimativa é de que o prejuízo causado pelos golpes podem chegar a R$ 100 mil
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Um homem que suspeito de aplicar golpes em idosos foi preso na manhã desta sexta-feira (4), em Mimoso do Sul. De acordo com a Polícia Militar, ele oferecia empréstimos e seria do Rio de janeiro, mas teria parentes no município da região Sul do Estado. Os golpes podem chegar a R$ 100 mil.
Segundo informações da ocorrência, as vítimas preferenciais do suposto golpista, que andava muito bem vestido, eram pessoas idosas e aposentadas, a quem dizia que era desembargador, advogado ou procurador da Justiça Federal.
O advogado Klisthian Pavão, que é amigo de uma das vítimas, de 73 anos contou que foi acionado pelo gerente banco, que desconfiou das atitudes do suspeito.
Segundo ele, era na agência que o suspeito levava as vítimas para fazer empréstimos e foi surpreendido quando tentava que a amiga de Klisthian pegasse um empréstimo de R$ 16 mil. Uma vítima do golpe alertou a idosa, que não tem filhos nem família na cidade.
Foi neste momento que o advogado deu a ele voz de prisão e acionou a polícia, que levou o homem para a delegacia do município.
O suspeito ainda tentou convencer o advogado e apresentou uma procuração que o identificava como desembargador. Quando foi pedida a sua carteira de atuação profissional, despistou.
O delegado Rômulo Carvalho Neto, informou que só se pronunciará após ouvir o suspeito e todas as vítimas do golpe que procuraram a delegacia nesta sexta-feira.
Tão logo o suspeito foi detido, já apareceram outras três vítimas. Uma delas disse conhecer outras seis que sofreram o mesmo golpe, de acordo com a Polícia Militar.

Um trabalhador rural, de 63 anos, revelou que perdeu R$ 13 mil para o homem, que prometeu aposentá-lo. Primeiro ele pagou R$ 8 mil, e depois mais R$ 5 mil, que o suposto procurador dizia ser para pagar a equipe.
O trabalhador destacou que ficou sabendo que tinha caído em um golpe no banco, quando foi convencido a ser avalista de outra vítima.
“Estes dias eu estava trabalhando e fui chamado para assinar como avalista de uma mulher que estava fazendo empréstimo. Ele falava que era desembargador. Eu sou pessoa de roça e não desconfiei. Estou muito assustado. Nunca estive em porta de delegacia”.
Mesmo sem ser corretor de imóveis, o homem falava da possibilidade das vítimas comprarem casas com o dinheiro do empréstimo, que era parcialmente ou integralmente retido por ele.
Segundo o advogado, o suposto desembargador oferecia seus serviços também a pessoas interessadas em se aposentar.
“Ele sempre induzia as pessoas a fazerem empréstimo para benefício próprio”.
Klisthian Pavão conta que pelo que apurou, o prejuízo pode chegar a R$ 100 mil.
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