Grávida morta: Guarda é autuado por homicídio e vai responder em liberdade
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O agente da Guarda Municipal de Vitória, Luiz Roberto Ramalhete, foi autuado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), após o disparo que tirou a vida de sua esposa, Carolina Ferraz Scalfoni, na noite de quinta-feira (2), em Itaparica, Vila Velha.
O tiro aconteceu no apartamento do casal. Carolina estava grávida de quatro meses e foi atingida na região do abdômen. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu e encaminhada para o Hospital Antonio Bezerra de Farias, em Vila Velha, mas não resistiu.
Na manhã desta sexta-feira (3), uma familiar confirmou por telefone que o bebê também morreu. Segundo a mulher, o casal estava muito feliz com a gestação do primeiro filho. Ela contou ainda que o carrinho do bebê foi entregue nesta manhã no endereço do casal.

Luiz Roberto também ficou ferido. Ele foi atingido na mão esquerda. Após ser socorrido, o guarda municipal foi ouvido no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Além da autuação por homicídio culposo, o delegado arbitrou uma fiança de R$ 2 mil reais, que foi paga pelo agente, que foi liberado em seguida.
O corpo de Carolina Ferraz Scalfoni chegou ao Departamento Médico Legal na manhã desta sexta-feira (3). A família da vítima esteve no local para liberar o corpo. O sepultamento deve acontecer em um cemitério da Ponta da Fruta, em Vila Velha.
O disparo
De acordo com a perícia da Polícia Civil, o casal estava no escritório do apartamento quando o agente foi limpar a arma e ela disparou acidentalmente.
Segundo o acionamento inicial do Ciodes, militares foram chamados para irem ao 9° andar do edifício, na Praia Itaparica, após a notícia de que havia uma vítima de disparo de arma no local.
Quando os policiais militares chegaram ao apartamento, visualizaram o agente tampando com um pano um ferimento no abdômen da mulher. Ele informou que já havia acionado o Samu há 20 minutos.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu) informou que a Corregedoria da Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) vai apurar os fatos e instaurar processo administrativo disciplinar, com ampla defesa e contraditório, preservando o respeito ao estado democrático de direito e os direitos e garantias individuais.
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