Federal investiga quadrilha suspeita de invadir contas bancárias no Estado
De acordo com a polícia, os maiores beneficiários das fraudes cometidas são empresas que atuam no comércio de café do Espírito Santo
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Policiais Federais realizaram, na manhã desta quarta-feira (22), a Operação CyberCafé, dedicada a conter a ação de um grupo criminoso especializado na prática de fraudes eletrônicas. De acordo com a polícia, os maiores beneficiários das fraudes cometidas são empresas que atuam no comércio de café do Espírito Santo.
As investigações tiveram início após uma ação preliminar da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) identificar um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias atuando no Estado do Espírito Santo. No total, a justiça expediu 20 mandados, sendo dois de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. A operação está sendo realizada no Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.
Além dos mandados de prisão, busca e apreensão, também estão sendo executadas medidas de sequestro de bens no valor aproximado de R$6 milhões, que incluem a apreensão de veículos e o sequestro de depósitos em contas bancárias, criptoativas e imóveis.
Em razão da grande quantidade de mandados a serem cumpridos, a operação conta com a participação de 77 policiais federais do Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. Além do cumprimento das ordens judiciais, as ações desta manhã tiveram também o objetivo de obter novos elementos de provas para desmantelar o grupo investigado.
ENTENDA O CASO
As investigações tiveram início após uma ação preliminar da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) identificar um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias atuando no Estado do Espírito Santo.
Após encaminhar as informações para a Polícia Federal capixaba, a investigação conseguiu, de fato, identificar a existência do grupo criminoso, composto ao menos por três núcleos (Hackers/atacantes, Intermediadores e Beneficiários), que se utilizava de serviços de invasão de contas bancárias, por meio da internet, para desvio de valores ou para quitação de boletos, em especial, de dívidas tributárias junto às Secretaria Estadual de Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ/ES).
Os hackers acessavam ilegalmente as contas das vítimas mediante ataque Phishing ou Acesso Remoto (RATs - Remote Access Trojan), desviando os valores para contas de beneficiários ou para pagamento de boletos da SEFAZ/ES.
Já os intermediadores eram responsáveis pelo recrutamento dos beneficiários e deles recebiam os valores frutos das fraudes, repassando parcela dos valores colhidos com o crime aos hackers.
A atuação do grupo, utilizando desse artifício criminoso, gerou um enorme prejuízo financeiro a vários bancos e empresas, além frustrar o devido pagamentos de impostos que foram indevidamente pagos com valores das contas alvos das fraudes.
RAZÃO DO NOME
Os criminosos investigados operam exclusivamente na internet, no meio cibernético. Por sua vez, os maiores beneficiários das fraudes cometidas são empresas que atuam no comércio de café do Espírito santo, daí o nome CyberCafé.
CRIMES INVESTIGADOS
Os investigados poderão responder pela prática de furto qualificado mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se forem condenados, a pena pode chegar aos 21 anos de reclusão.
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