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Polícia

Doria decide afastar 38 PMs que participaram da ação em baile funk de Paraisópolis


Imagem ilustrativa da imagem Doria decide afastar 38 PMs que participaram da ação em baile funk de Paraisópolis
O tucano tem feito uma série de críticas indiretas à atuação do presidente. |  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu afastar 38 policiais militares que participaram da ação em baile funk que acabou com nove mortes em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista.

O pedido foi feito por familiares de vitimas durante reunião no Palácio dos Bandeirantes na noite de segunda-feira (9). Doria determinou ao secretário da Segurança Pública, general João Camilo Campos, que o pedido seja atendido.

Seis policiais militares, dos 38 agora anunciados, já haviam sido afastados dos serviços operacionais na última semana em decorrência da ação da PM em Paraisópolis.

"O afastamento é uma questão de respeito. Não vamos afastar seis se há 38 envolvidos", afirmou Maria Cristina Quirino, mãe de Denis Henrique, 16, morto no episódio.

Parentes de vítimas e sobreviventes acusam os policiais militares de encurralarem os frequentadores do baile e depois agredi-los em vielas. Vídeos que circularam após as mortes mostram cenas de agressão da polícia e correria no local.

PMs afirmam que perseguiam suspeitos em uma moto. Segundo eles teriam entrado no baile e atirado contra os policiais, causando correria.

Participaram do encontro também a Defensoria e a Procuradoria do estado, além de secretários estaduais.

Após a reunião com Doria, os familiares das vítimas definiram as mortes como um massacre e afirmaram que houve erros na operação do começo ao fim.

"Não há reparo que pague a nossa dor. Eu tenho certeza de que a abordagem dos policiais seria diferente se fosse em outra região da cidade", afirmou Fernanda dos Santos Garcia, irmã de Denis Franco, 16, também morto em Paraisópolis.

Segundo a reportagem apurou, a medida desagradou parte da cúpula da PM, que acredita que a ação possa ter sido legítima. E que apenas uma investigação da Corregedoria pode afastar essa certeza. O temor é que essa decisão possa criminalizar os policiais antes do final das investigações.

O anúncio do afastamento dos policiais aponta mais uma mudança de posição de Doria. Inicialmente, o governador havia afirmado que não mudaria o modo de agir da polícia.

"A política de segurança pública não vai mudar. As ações na comunidade de Paraisópolis e em outras comunidades de São Paulo, seja por obediência da lei do silêncio, por busca e apreensão de drogas ou fruto de roubos, vão continuar. A existência de um fato não inibirá as ações de segurança. Não inibe a ação, mas exige apuração", afirmou Doria em entrevista na segunda-feira (2)

Três dias depois, Doria afirmou que estava chocado com um vídeo que mostrou agressões de um policial a jovens em um baile funk, também em Paraisópolis, em outubro.

O governador afirmou que os casos de violência desproporcional praticada pelos policiais devem ser punidos. "Isso é incompatível com o respeito à corporação", afirmou. "É uma circunstância inaceitável que a melhor polícia do Brasil utilize de violência ou de força desproporcional, sobretudo quando não há nenhuma reação de agressão."

A reação de Doria ocorreu após uma semana de revelações de violência policial em bailes funk em São Paulo e protestos contra abusos.

A mudança também se deu após o ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), Sergio Moro, afirmar que houve falhas graves do caso –o ex-juiz já foi condecorado pelo governador com a mais alta honraria do estado.

Mais cedo, também nesta segunda, moradores de Paraisópolis se reuniram com uma comitiva de cerca de 20 secretários estaduais e municipais para cobrar demandas como uma subprefeitura Paraisópolis/Morumbi e infraestrutura para o baile funk na comunidade.

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