Corpo de ciclista morto pelo filho é liberado após quase dois meses
Depois do assassinato, o suspeito parou em uma padaria e tomou café da manhã. Relembre o caso!
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Os restos mortais do ciclista Duramir Monteiro Silva, morto aos 56 anos no dia 28 de junho, quando foi esfaqueado pelo filho João Victor Brito Silva, de 24 anos, foi liberado pelo Serviço de Verificações de Óbitos de Vitória, na noite desta quarta-feira (25).
Após quase dois meses do crime, que teve a participação da nora da vítima, Beatriz de Azeveo, 20 anos, o velório e o sepultamento acontecerão em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado.
Segundo a família, o caixão chegou por volta das 22h, na Capela Mortuária do bairro Aeroporto. O ciclista será sepultado no cemitério do lugar, às 12h desta quinta-feira (25).
Ainda de acordo com familiares, a demora para a liberação dos restos mortais de Duramir deve-se a degradação do material genético. Depois de morto, ele teve o corpo queimado por 6 horas seguidas, segundo a Polícia Civil.
Relembre o caso
O jovem João Vitor Silva, de 24 anos, filho do ciclista Duramir Monteiro Silva, 56, confessou que matou o pai a facadas, jogou o corpo em uma cova e ateou fogo. O suspeito revelou que fez isso com auxílio da namorada, Beatriz de Azevedo, 20, que também assumiu o crime. Depois do assassinato, o casal parou em uma padaria e tomou café da manhã.
Esses detalhes foram passados pelo titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, Felipe Vivas, em coletiva de imprensa, na quarta-feira (24).
De acordo com a polícia, Duramir desapareceu no dia 28 de junho por volta das 22 horas, após chegar em casa no bairro Monte Cristo, em Cachoeiro de Itapemirim, de um pedal. Uma ocorrência foi registrada e familiares passaram a buscar informações sobre o paradeiro do ciclista.
O delegado disse que, segundo os suspeitos, a vítima teria assediado a nora.
Na delegacia, Beatriz contou que estaria grávida e cortando carne quando esfaqueou o sogro. Na versão dela, seu namorado se desesperou com a cena, pegou outra faca e desferiu vários golpes contra o pai.
Ainda de acordo com relato do casal, Beatriz diz que, após constatar a morte do sogro, enrolou o corpo em um lençol, depois em um tapete e em um edredom.
Logo após, eles colocaram o corpo no porta-malas do carro do casal, passaram em um posto de combustíveis, compraram gasolina e pagaram com o cartão da vítima, já que o João Vitor sabia a senha.
O casal foi até Estrela do Norte, em Castelo, onde a família de Beatriz tem propriedade, cavaram um buraco e jogaram o corpo dentro. Em seguida, despejaram 3 litros de gasolina sobre a vítima, atearam fogo, esperaram durante a madrugada, jogaram mais dois litros de combustível pela manhã e jogaram terra por cima.
Os dois encontram-se detidos em unidade prisionais da região.
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