Coleta de DNA de familiares ajuda a polícia na busca por desaparecidos
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Pela primeira vez depois da campanha nacional de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, feita em junho deste ano, a Polícia Civil do Espírito Santo conseguiu identificar uma pessoa que até então tinha sido enterrada como indigente, lá em 2015, aqui no Estado.
Isso foi possível porque familiares da vítima, que era um homem de 57 anos, fizeram a coleta do material genético em Minas Gerais, e o DNA pôde ser comparado através do banco de dados nacional de perfis genéticos, indicando a compatibilidade.

Por isso, a polícia pede que familiares de desaparecidos procurem o Departamento Médico Legal (DML), através do telefone (27) 3225-8260, ou a Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas, pelo (27) 3137-9065. Agora, mesmo que o parente tenha morrido em outro estado, a comparação do DNA já é possível.
“Todos os estados têm seus respectivos bancos, com material de parentes de pessoas desaparecidas e dos cadáveres não-identificados. Agora, com essa campanha, a gente criou um banco único, então o cruzamento não se dá apenas dentro de cada estado, se dá entre os estados. Daí a probabilidade muito maior da gente encontrar os familiares”, explicou o superintendente de polícia técnico-científica, Renato Koscky Junior.
De acordo com ele, o banco único foi idealizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em junho deste ano. Desde então, há uma campanha para incentivar que familiares de desaparecidos façam a coleta.
A perita criminal Carolina Mayumi Vieira explicou que a coleta de DNA é indolor: “O familiar precisa ter o registro de um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Desaparecidos, e aí ele vai ser encaminhado ao DML e fazer um agendamento para realizar a coleta no laboratório de DNA forense. É uma coleta indolor, um swab bucal, e gratuita”.
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