Artista vai receber R$ 2 milhões após ser confundido com maníaco e ficar 17 anos preso
Escute essa reportagem

O artista plástico Eugênio Fiúza de Queiroz vai receber R$ 2 milhões do estado de Minas Gerais em uma indenização por danos morais ao ser confundido com um maníaco e ficar 17 anos preso injustamente.
Segundo o G1, o “maníaco do Anchieta” cometeu vários estupros em Belo Horizonte, capital mineira, na década de 90.
O artista foi preso em 1995, quando conversava com a namorada em uma praça do bairro Colégio Batista. Uma vítima de estupro afirmou que ele era o autor do crime e Fiúza foi levado para a delegacia, onde mais oito disseram o mesmo.

Ainda de acordo com o G1, ele foi condenado a 37 anos de prisão em cinco processos.
Em 2019, a Justiça condenou o estado em primeira instância a pagar R$ 3 milhões ao artista por danos morais e existenciais e pensão mensal vitalícia de cinco salários mínimos por danos materiais.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a condenação do estado, mas reduziu a indenização para R$ 2 milhões. A pensão vitalícia, que já é paga, foi mantida.
O caso
Em 2012, Pedro Meyer Ferreira Guimarães, apontado como o verdadeiro autor dos crimes, foi reconhecido por uma jovem de 27 anos. Ela, que foi atacada aos 11 anos, o seguiu até um prédio e chamou a polícia.
Meyer foi preso e reconhecido por diversas vítimas. Ele foi condenado em um processo no ano seguinte, conforme informações do G1. Foi absolvido em dois e 13 prescreveram.
ficou na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, no estado mineiro, até 2019, quando conseguiu a liberdade condicional.
Comentários