Advogados são investigados por suspeita de repassar ordens de presos a facções
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) investiga os advogados
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), deflagrou a operação TIES, na manhã desta quarta-feira (31), que tem como alvo 10 advogados suspeitos de repassar ordens de líderes de facções, que estão presos, aos integrantes que estão soltos.
A operação cumpre mandados de busca e apreensão nos municípios de Serra, Vitória, Cariacica, Vila Velha e Guarapari. Participam da ação a Assessoria Militar do Ministério Público/PMES e policiais militares do 1º(Vitória) e do 7º Batalhão (Cariacica), da Polícia Militar.
"A investigação foi instaurada pelo Gaeco com o objetivo de apurar as ações delituosas praticadas por pessoas que se utilizam indevidamente de prerrogativas inerentes e essenciais da advocacia para atuar na transmissão de mensagens ilícitas entre integrantes de organização criminosa, viabilizando que lideranças de grupos criminosos mantenham o poder de gestão sobre os crimes perpetrados, notadamente sobre o tráfico de entorpecentes", explicou o MPES.
As buscas e apreensões referentes a esses advogados são acompanhadas por representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB-ES, em cumprimento de decisão judicial da 1ª Vara Criminal de Viana.
Além da busca e apreensão, os advogados investigados também sofreram a aplicação de medida cautelar para suspensão do exercício da advocacia e a proibição de entrar em qualquer presídio. As investigações seguem sob sigilo judicial, informa o órgão ministerial.
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