Trio preso por tentar vender esmeralda milionária de 120 quilos no Recife
Jóia preciosa, avaliada em R$ 3,5 milhões, foi roubada por criminosos em Boa Viagem
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Três homens foram presos em flagrante delito ao tentar vender uma pedra milionária roubada - uma esmeralda avaliada em R$ 3,5 milhões, com um peso de 120 quilos.
O crime, divulgado à imprensa nesta quinta-feira (30) pela Polícia Civil, ocorreu em 22 de abril, no bairro de Boa Viagem, localizado na Zona Sul do Recife.
O trio foi preso pelos crimes de receptação qualificada e associação criminosa. Eles receberam a pedra roubada por outros três homens, que ainda não foram detidos.
O tamanho da pedra, posta à venda de forma ilegal, impressiona. Somente para exemplificar, uma canga de esmeralda deste peso daria para comprar dois ou três apartamentos, com metragem 70m², na orla do mesmo bairro nobre.
O caso foi investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos - DPRF, com assessoramento do NIDEPATRI/DINTEL - sob coordenação dos Delegados Cláudio Castro e Diego Jardim.
O dono da pedra foi amarrado pelos três criminosos que repassaram a joia para revenda. O caso foi detalhado ao repórter Carlos Simões, sendo exibido na 1ª edição do Jornal da Tribuna, apresentado hoje por Eliane Nóbrega.
Segundo o delegado Diego Jardim, os elementos apurados demonstram uma associação criminosa complexa e especializada na subtração e revenda de pedras preciosas. Parte do grupo é responsável pelos roubos e a outra parte pela venda.
“Os compradores inicialmente ganharam a confiança do dono, foram ao local, fingiram fazer uma transação de R$ 3,5 milhões, apresentaram um documento falso, mas,como o dinheiro não caiu, eles retornaram uma semana depois. Nesse momento, dois indivíduos entraram no apartamento e um terceiro chegou munido de arma de fogo, rendeu o vendedor, amarram, colocaram um forca gato no braço, nas pernas e subtraíram a pedra”, descreveu o delegado.
Diego Jardim afirmou que os criminosos levaram a pedra roubada e outros tentaram vendê-la com valor abaixo do mercado e sem documento. A polícia identificou onde o tesouro seria vendido e rastreou os homens.
A jóia preciosa já estava em uma caminhonete, na Rua Barão de Souza Leão, também em Boa Viagem, para ser levada por três homens. Foram estes os presos. Não foram os mesmos que roubaram a pedra e prenderam o dono.
“Uma parte do grupo é responsável por esse crime violento, pelo uso de armas, por subtrair essa pedra. E outra parte da associação criminosa é responsável pela venda. Eles conhecem as pessoas que trabalham com esse tipo de produto, tem especialidade nessas pedras preciosas e aí iriam realizar essa transação financeira”, destacou o delegado.
“Ainda localizamos outras pedras preciosas, já lapidadas, sem nenhum documento e aí vamos continuar a investigação para saber a origem”, acrescentou.
No caso da canga, os criminosos iriam vender a pedra. Quando foram presos, estavam a caminho de fazer a transação financeira.
“Seguimos em investigação para suprir outros detalhes (como o possível comprador)”.
O delegado acrescentou que ainda não se sabe se o perfil da pessoa interessada na esmeralda. Quando a transação é feita de forma legal, a pedra é analisada por um geólogo e tem documentação.
“Os presos não confessaram o crime, mas contaram uma história confusa, que não sabiam de quem era a pedra… Pela apuração, eles tinham conhecimento e estavam sem o documento. Está claro que cometeram o crime, embora não tivessem antecedentes criminais”. O delegado complementou que a esmeralda milionária voltará, agora, às mãos do dono.
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