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Polícia

Monstro em pele de líder religioso abusava crianças e adolescentes no Recife

Falso religioso atuou como diácono de uma igreja evangélica e como liderança de um terreiro


Imagem ilustrativa da imagem Monstro em pele de líder religioso abusava crianças e adolescentes no Recife
O delegado Geraldo da Costa falou à TV Tribuna sobre os crimes competidos por falso líder religioso |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

O mal usa muitas faces. Nesta segunda-feira, a Polícia Civil falou sobre a prisão preventiva de um homem de 27 anos acusado de usar o cargo de líder religioso para abusar e violentar crianças e adolescentes.

Primeiro, em 2021, o homem atuou numa igreja evangélica. Depois, num intervalo de três anos, ele passou a ser líder de um terreiro na Zona Norte do Recife. Em ambos os locais, ele usou a fé para cometer crimes sexuais.

Há indícios de que ele pode ter abusado de seis crianças e adolescentes. O homem foi desmascarado a partir de um boletim de ocorrência prestado por ex-companheira, que chegou a ter um bebê com ele.

A mulher contou à polícia que o abusador tinha praticado crime sexual contra seu filho, o enteado dele, que tem 10 anos e morava com a avó. O abuso ocorria quando ele visitava a mãe no terreiro, onde ela morava com cerca de 15 pessoas.

“A gente tomou conhecimento a partir do momento em que a ex-companheira dele estava internada, deu a luz a um filho dele, e nesse momento ela tinha registrado um boletim de ocorrência contra ele na delegacia da mulher por ameaças, injúrias e violência doméstica. Ela relatou à Delegacia da Mulher que o filho dela tinha sido abusado por ele”, disse o delegado Geraldo da Costa ao repórter Carlos Simões, da TV Tribuna.

Outras adolescentes, de 16 e 17 anos, foram abusadas pelo falso líder religioso. “As adolescentes contaram que ele (de forma falsa) baixava uma entidade e dizia que elas precisavam de um banho espiritual de desenvolvimento. Durante esse banho, ele tocava nelas. Elas só descobriram (a fraude) a partir da denúncia (da ex-companheira) e resolveram denunciá-lo”, acrescentou.

Uma criança de 5 anos que morava no terreiro com a mãe também também foi abusada. “A ex-companheira desconfiou que ele estava vendo vídeos pornográficos com essa criança. Ele ‘baixou’ uma 'entidade' e disse que a criança tinha uma sexualidade muito avançada para a idade e chamou a mãe da menina para que desse uma surra nela”, contou o delegado Geraldo da Costa.

Em 2021, quando fazia parte de uma igreja evangélica, com o cargo de diácono, o homem foi indiciado por estupro de vulnerável, abusando de uma criança de 10 anos e de uma adolescente de 12 anos. As circunstâncias que levaram esse homem a ser solto não foram esclarecidas na coletiva.

O delegado fez questão de frisar que o caso não é pode ser para criminalizar uma ou outra religião, seja a de matriz africana, seja a evangélica. “O papel da investigação é proteger as vítimas”, disse Geraldo da Costa.

O delegado completou que o homem foi indiciado por estupro e posse sexual mediante fraude de adolescentes. Este último trata de conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.

Darlison fala sobre sinais apresentados pelas vítimas

Já o gestor da Departamento de Polícia, da Criança e do Adolescente (DPCA), Darlison Macedo, falou que os pais e cuidadores precisam ficar atentos aos sinais que as crianças dão quando sofrem algum tipo de violência sexual.

“A gente precisa realmente que as pessoas, não só os pais, mas os parentes mais próximos, professores e vizinhos que percebam que está acontecendo alguma coisa estranha, traga para cá para que a gente possa aprofundar”, disse Darlison Macedo.

“Toda criança apresenta mudança no seu comportamento padrão quando está sendo abusada: umas ficam mais arredias, outras com síndrome do pânico, outras representam com bonecos o que fazem com ela, outras ficam com ficam reclusas… É importante observar e registrar que muitos desses abusos ocorrem em ambiente doméstico”. acrescentou.

Imagem ilustrativa da imagem Monstro em pele de líder religioso abusava crianças e adolescentes no Recife
Seis crianças relataram sofrer abuso de homem que se passou por diácono e por líder de terreiro |  Foto: Divulgação

O abuso sexual dentro da comunidade religiosa, seja ela qual for, tem impactos devastadores que se estendem para além da esfera individual da vítima, causando danos profundos à sociedade como um todo.

As consequências desse tipo de crime são complexas e multifacetadas, afetando não apenas os indivíduos que sofrem traumas psicológicos, mas também toda a estrutura social e os valores que a sustentam, entre elas, a quebra de confiança.

Impactos na vítima vão de traumas psicológicos a isolamento social

As vítimas de abusos sexuais podem sofrer vários tipos de impacto, entre eles, dificuldade nos relacionamentos, perda da fé, estigmatização e vergonha. Veja abaixo

Traumas psicológicos: O abuso sexual causa traumas profundos e duradouros na vítima, podendo gerar sofrimento emocional intenso, ansiedade, depressão, crises de pânico, flashbacks, distúrbios do sono, pensamentos suicidas e diversos outros problemas psicológicos.

Dificuldades nos relacionamentos: A experiência do abuso pode gerar desconfiança, medo de intimidade e dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis, tanto amorosos quanto interpessoais.

Perda da fé: Em muitos casos, o abuso sexual dentro da comunidade religiosa leva à perda da fé e da crença nas instituições religiosas, gerando uma profunda crise existencial e questionamentos sobre valores antes considerados absolutos.

Estigmatização e vergonha: Vítimas de abuso sexual religioso muitas vezes enfrentam o estigma e a vergonha por parte da comunidade, o que pode intensificar o sofrimento e dificultar o processo de cura.

Isolamento social: O medo de julgamento e a vergonha podem levar a um isolamento social da vítima, afastando-a de amigos, familiares e da própria comunidade religiosa.

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