Crianças com deficiência física viajam do Sertão para conhecer o mar no Recife
São 12 crianças residentes em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco
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Neste sábado, 12 crianças com deficiência física vão percorrer os 250 quilometros que separam Arcoverde, no Sertão, até a praia de Boa Viagem, no Recife para realizar o sonho de conhecer o mar.
Das 12 crianças, 11 são usuárias de cadeiras de rodas e uma com microcefalia. O encontro entre as crianças e o mar vai ser em frente ao Posto 07, na Avenida Boa Viagem, esquina com a Rua Bruno Veloso.
Essa ação é uma parceria entre a Uninassau, Prefeitura da Cidade do Recife e Empresa pernambucana de Turismo - Empetur.
As crianças são estudantes da rede municipal de Arcoverde e essa é a primeira vez que saem da cidade. Além disso, nunca tiveram contato com o mar e a areia da praia.
Para dar suporte e oferecer um momento de lazer de qualidade, estudantes do curso de Educação Física da Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde (AESA), mantenedora da Escola Superior de Saúde de Arcoverde (ESSA), e a equipe de voluntários da Uninassau estarão presentes no projeto Praia Sem Barreiras.
A escolta das crianças no percurso entre Arcoverde e o Recife ficará sob a responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal.
"O contato dessas crianças com o mar não é apenas um momento de diversão, mas também de novas experiências. É a realização de sonhos, que resultará em rostos de alegria e admiração”, destaca Sérgio Murilo, diretor de Governança Social da Uninassau.
“A primeira criança com microcefalia em Arcoverde e as demais terão a oportunidade de sentir a areia nos pés, a água salgada, o banho de mar. É um dia de alegria e de inclusão que elas terão graças ao Praia sem Barreiras”, comenta Ana Zélia Belo, e coordenadora de Pesquisa e Extensão da ESSA.
Praia sem Barreiras
O projeto teve início em 2013 e funciona de sexta-feira a domingo, das 08h às 13h, sempre em dias em que a maré está baixa. Para facilitar o acesso dos usuários, é montada uma estrutura na areia com uma esteira especial que levam as pessoas até o mar, além do uso de cadeiras anfíbias.
Elas possuem braços que funcionam como bóias e cintos para não haver o risco de quedas. Toda a assistência é dada por estudantes de Fisioterapia, Educação Física, Enfermagem e Turismo da Uninassau. Os voluntários passam por capacitações para poder atender melhor aos usuários.
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