Quem eras tu, futebol de Pernambuco?!
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Respeito. Era o que sentia os adversários de fora quando enfrentavam Sport, Náutico e Santa Cruz, em qualquer campeonato que fosse. No Nordeste, então, só o Bahia conseguia bater de frente, mas, mesmo assim, se bobeasse, levava lapada. Já os demais times da região “tremiam nas bases” quando ficavam de frente com algum do “Trio de Ferro”, principalmente, quando o duelo era no Recife.
O Sport foi campeão brasileiro em 1987 e da Copa do Brasil em 2008. A Ilha do Retiro era conhecida como “La Bombonilha” por ser um verdadeiro “caldeirão”, como o estádio do Boca Juniors, La Bombonera, na Argentina. Os adversários se assustavam. Mas hoje...
Só para se ter uma ideia, no Brasileiro da Série A deste ano, até agora, o Leão não venceu uma partidinha sequer dentro de casa. E em 13 rodadas, jogando na Ilha e fora, foram 10 derrotas e 3 empates. Ou seja, 3 pontinhos apenas e uma lanterna gigantesca. É a pior campanha do time em 120 anos de história.
Enquanto isso, o Náutico, com aquele timaço formado por Bita, Lala, Salomão etc, calou o Santos, do Rei Pelé, em pleno Pacaembu. Naquela noite de 17 de novembro de 1966, o Timbu meteu 5x3 no Peixe e, com isso, passou para a final da Taça Brasil (antigo Campeonato Brasileiro).
Mesmo perdendo o título para o Palmeiras, aquele Náutico ficou eternizado na galeria dos grandes times do futebol brasileiro. E hoje, apesar de ter vencido por 2x0 o Caxias, na última partida disputada, o Alvirrubro permanece há dois anos na Série C do Brasileiro.
Já o Santa Cruz fez uma belíssima campanha no Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão em 1975, quando terminou em 4º lugar. Essa foi a mesma classificação que o Tricolor ficou na Taça Brasil de 1960.
E vale a pena registrar que, em 1973, o artilheiro do Brasileirão foi o centroavante coral Ramon, que marcou 21 gols em 34 partidas. Outros grandes jogadores já tiveram a honra de vestir a camisa do Mais Querido, como Givanildo, Nunes “Cabelo de Fogo”, Ricardo Rocha, Rivaldo, dentre tantos outros.
Mas, infelizmente, o clube, que já ficou até sem divisão, vem lutando na Série D para ver se consegue retornar a “tão sonhada” Série C.
A única coisa certa disso tudo é que os nossos clubes de Pernambuco só vêm passando por essas situações vexatórias por conta de incompetência, falta de planejamento e amadorismo por parte dos cartolas, de três décadas para cá.
A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) pode ser, sim, uma solução, mas sem que coloquem patrimônios de uma “vida” inteira como garantia. Que o diga o Arruda e até o CT Timbu.
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