Festa do Carmo terá mais de 100 missas e procissão luminosa no Recife
Celebração da padroeira da cidade começa neste domingo (6) e terá 11 dias de fé, troca de coroa, cultura popular e homenagens
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O Recife vai parar para celebrar sua padroeira. Entre os dias 6 e 16 de julho, a Festa de Nossa Senhora do Carmo chega à sua 329ª edição, reunindo fé, cultura e tradição em uma das maiores manifestações religiosas de Pernambuco. Mais de um milhão de pessoas são esperadas durante os 11 dias de programação.
O coração da festa pulsa no centro da cidade, entre a Basílica do Carmo e o Claustro do Convento, onde fiéis de todas as partes do Estado chegam aos montes, em busca de bênçãos, gratidão ou esperança. Mas este ano, há novidades que prometem marcar a memória coletiva — e o coração dos devotos.
“A primeira grande preparação é interior. É o coração dos fiéis que se molda para estar junto à Mãe Padroeira”, resume o Frei Cidmário Bezerra, reitor da Basílica, com a serenidade de quem conhece os bastidores da fé.
Novidades de 2025
No dia 15 de julho, uma novidade. Na véspera da data solene, haverá a coroação de Nossa Senhora do Carmo. A imagem da padroeira receberá uma nova coroa, em cerimônia litúrgica marcada para as 17h, dentro da Basílica. “É o gesto que anuncia a chegada do grande dia”, diz o Frei.
Já no dia 16, data dedicada à santa, outro elemento novo. A proposta é que a cidade se transforme num rio de luz. Uma procissão luminosa será realizada pelas ruas do Recife.
Quem desejar participar poderá adquirir um kit com vela e lanterna no local. Quando os portões da Ordem Terceira forem abertos, a imagem sairá em cortejo sob uma multidão de luzes acesas — um gesto simbólico para que “a luz de Cristo aqueça os nossos corações”, como descreve o reitor.
E não para por aí. A programação religiosa é extensa: mais de 100 missas serão celebradas, incluindo 25 celebrações simultâneas no dia 16, com missas de hora em hora tanto na Basílica quanto no Claustro do Convento.
Celebração também fora do altar
Mas a festa também pulsa fora do altar. Após o novenário — celebrado sempre às 18h — o público será recebido com apresentações culturais no Pátio do Carmo. Músicos e artistas locais darão o tom da festa exterior, valorizando a arte da terra. “É uma forma de também celebrar com beleza e identidade regional”, afirma Frei Cidmário.
A Festa do Carmo é mais do que calendário. É herança viva. Uma ponte entre o Recife antigo e os corações modernos. Um tempo em que a fé veste o centro da cidade com flores, luz e promessas.
E você, já pensou em passar por lá este ano?
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