Produção de flores no Caparaó se moderniza com tecnologia e estufas inteligentes
Coluna publicada no jornal A Tribuna
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A primeira vez que entrei numa estufas de flores do sul do Espírito Santo, caro leitor, confesso: fiquei de boca aberta. Aquilo não parecia fazenda, não. Parecia cenário de filme europeu, daqueles que mostram plantações impecáveis, tecnologia de ponta, irrigação automatizada, luz milimetricamente calculada. E tudo isso ali, entre montanhas que a gente sempre associou ao café.
Mas dessa vez era diferente. Era flor. Muita flor.
A gente se acostumou a olhar pro interior só com olhos de passado. Mas o que vi ali foi futuro. Um futuro que já chegou e desabrocha todos os dias, silencioso, colorido, preciso. Tem flor que nasce cronometrada, com protocolo. Planta que segue calendário, rota de entrega, exigência de mercado. E o mais curioso: mesmo com tanta ciência envolvida, ainda é tudo muito sensível, muito artesanal. É gente que coloca a mão, o olho, o cuidado. Gente que transforma conhecimento em delicadeza.
Essas flores não nascem por acaso. São cultivadas por produtores que se uniram em torno da Sulcaflor – a Associação de Flores e Plantas Ornamentais da Região Sul. Juntos, eles criaram um verdadeiro polo de floricultura em meio às montanhas, com cultivos de flores tropicais, ornamentais, folhagens e plantas para jardinagem. Tudo feito com tecnologia de ponta, em estufas modernas, climatizadas, seguindo padrões que lembram Holambra, em São Paulo, uma das maiores referências do setor no Brasil.
A associação atende clientes exigentes de toda a região, além do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. É flor de estufa, sim — mas com raiz fincada em histórias de superação, planejamento e dedicação. É renda pra quem planta, beleza pra quem compra, orgulho pra quem mora por perto. E é também uma prova de que o Caparaó não floresce só na paisagem. Floresce por dentro. No olhar, no gesto e na vontade de transformar.
Se você também quer se surpreender com essa beleza que vem da terra — e da tecnologia —, anota aí: neste domingo (30), às 10h, a gente mostra tudo isso no Programa Negócio Rural, na TV Tribuna / Band. E, olha… vale cada segundo. Porque tem coisa que a gente só acredita vendo. E sentindo.
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