Mulher apanha de marido por trabalhar de home office
Um pedreiro de 25 anos acabou preso após agredir a mulher, uma operadora de telemarketing que tem a mesma idade que o acusado, com chutes, socos e tapas no rosto, no bairro Santo Agostinho, em Viana.
O caso aconteceu na noite de sábado (4), após uma discussão porque o homem não queria que a mulher trabalhasse de home office.
Devido ao isolamento social, imposto por autoridades em combate ao novo coronavírus, a operadora de telemarketing precisou trabalhar de casa.
Na ocasião de sábado, ela relata que atendia um cliente por telefone, no momento que o marido entrou no cômodo onde ela estava, muito alterado.
“Do nada ele começou a me xingar e quebrou o fone de ouvido da empresa e meu celular. Me deu tapas na cara e disse que se eu não retirasse o computador da empresa de casa, que ele ia quebrá-lo”, disse.
A mulher disse que tentou conversar com o agressor, pedindo para que ele parasse com as agressões, mas de nada adiantou. “Foi aí que ele me jogou no sofá e começou a me socar”.
Ao conseguir fugir do agressor, a mulher acionou a Polícia Militar, que chegou rapidamente no local. Ele e a mulher foram levados até o Plantão Especializado da Mulher (PEM), em Vitória.
A vítima, que conviveu quase 7 anos com o marido, conta que ele sempre foi muito ciumento e que já chegou a agredi-la e a quebrar pertences, como o seu celular, inclusive, na frente do filho do casal, de apenas 5 anos. Por conta disso, a vítima já registrou um boletim de ocorrência contra ele.
“Por isso, eu cheguei a me separar dele e fiquei longe por um ano, mas ele veio com papo para a gente voltar, prometeu que tudo mudaria, mas precisou eu quebrar a cara mais uma vez para saber que ele nunca vai mudar”.
Além das dores físicas, causadas pelas agressões, a operadora de telemarketing afirma que ex-marido a deixou com traumas psicológicos e um medo muito grande. “É muito constrangedor passar pelo o que passei e ainda saber que a qualquer momento, ele (ex) pode ser solto. Meu medo é de ele vir atrás de mim e querer me matar”.
A polícia não informou a atuação do criminoso.
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