Médicos dão 10 dicas para prevenir AVC
Mesmo com a alta incidência na população, estudos indicam que 90% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) podem ser evitados. Por isso, médicos apontam 10 formas de se prevenir contra a doença.
Entre elas, uma das mais importantes é a prática de exercícios físicos, tema da campanha do Dia Mundial de Combate ao AVC. A estimativa é que o sedentarismo aumente em 36% o risco da doença.
“Atividade física é muito importante porque, diretamente e indiretamente, ela vai prevenir vários fatores de risco que estão interligados”, destacou a neurologista e coordenadora da área de AVC do Hospital Estadual Central, Rúbia Sfalsini.
A cardiologista Kátia Vasconcellos, da Cardioservice, destacou que mudanças no estilo de vida, por meio da redução do consumo de sal, gorduras e álcool; adoção de hábitos alimentares saudáveis, com ingestão de mais vegetais: frutas, legumes e verduras, podem prevenir um AVC.
Portadores de comorbidades como a hipertensão arterial e arritmias cardíacas têm mais chances de ter um AVC.
“Esses pacientes devem fazer o acompanhamento e controle com o médico, não fumar, e manter os exames de sangue dentro do esperado, ou seja, com níveis aceitáveis de lipídios (gordura)”, alertou a cardiologista.
A presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Regional Espírito Santo, Tatiane Emerich, ressaltou que a manutenção de bons hábitos, da pressão arterial controlada e de uma boa noite de sono podem prevenir não só o AVC, como demais doenças cardiovasculares.
“Grande parte dos AVCs poderiam ser evitados. É preciso manter o check-up e consultas de rotina em dia. Tem pessoas que chegam à idade adulta sem nunca ter aferido a pressão arterial”.
Jovens
Apesar de mais comum em idosos, pessoas com menos de 60 anos também podem ser surpreendidas pela doença.
O neurologista e coordenador da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central, José Antônio Fiorot Junior, explica que nos jovens esses casos representam 20% dos AVCs, e as causas normalmente são genéticas, com doenças que aumentam as chances de formar trombos no corpo.
Jovens com obesidade, hipertensão e colesterol alto também são mais propensos a terem a doença, segundo a cardiologista Kátia Vasconcellos.
AS DICAS
1 - Atividade física regular
- Segundo médicos, o sedentarismo aumenta em até 36% o risco de um acidente vascular cerebral.
- Por isso, eles afirmam que a prática de uma atividade física, que pode ser até mesmo uma caminhada, pode reverter esse cenário positivamente.
- A prática da atividade física tem sido o tema da campanha de combate ao AVC deste ano, devido à preocupação com as pessoas dentro de casa por causa da pandemia do novo coronavírus.
2 - Controle do peso
- Outro fator de risco para doenças cardiovasculares é o sobrepeso, obesidade e a gordura abdominal, que precisam ser controlados.
3 - Boa alimentação
- Especialistas alertam para uma alimentação saudável, rica em “comida de verdade”, ou seja, alimentos naturais. Uma orientação é evitar alimentos ultraprocessados.
4 - Diga não ao cigarro
- O tabagismo é um dos grandes vilões no AVC isquêmico e hemorrágico. Por isso, o uso do cigarro também deve ser evitado.
5 - Evite consumo excessivo de álcool
- O abuso de bebida alcoólica também está relacionado com o aumento da pressão arterial e de risco da doença.
6 - Gerencie o seu estresse
- O estresse também entra como um dos fatores, já que pode provocar um aumento da pressão arterial, o que favorece o AVC.
- Nesse sentido, entre as dicas está aproveitar momentos felizes em família, meditar, fazer atividades que dão prazer, além da espiritualidade.
7 - Pressão arterial sob controle
- Estima-se que metade dos AVCs estejam ligados à pressão alta. Por isso, conhecer sua pressão arterial e mantê-la sob controle com medicação ou mudança no estilo de vida faz a diferença.
8 - Trate sua diabetes
- Diabetes e AVC também compartilham uma série de fatores de risco. Manter sob controle a diabetes ajuda a prevenir também o derrame cerebral.
9 - Bons níveis do colesterol
- Um em cada quatro AVCs está ligado a altos níveis de colesterol ruim (LDL). Por isso, é preciso manter o controle sobre seus níveis, principalmente com uma alimentação adequada, exercícios ou até uso de medicação.
10 - Check-up em dia
- O acompanhamento médico periódico também deve estar em dia. Com exames e avaliações atualizados, é possível controlar os demais fatores de risco.
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