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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Medicina baseada em evidência

| 28/07/2020, 08:23 08:23 h | Atualizado em 28/07/2020, 08:28

“Medicina é como amor: nem nunca, nem sempre”. No passado, o médico nem sempre tinha acesso à pesquisa mais recente. Muitas vezes, ele decidia como tratar um paciente, usando apenas sua própria opinião e experiência, além do que aprendeu na faculdade.

Hoje, sabemos que essa não é a melhor forma de se exercer a medicina. Isso porque aquilo que o profissional acha ideal para um paciente, nem sempre é o que a pesquisa demonstra ser o melhor.

Contudo, é bom lembrar que o médico não deve ser apenas um repetidor de procedimentos. Informação sem formação vira deformação.

Em virtude de um enorme influxo de informações de pesquisa, médicos precisam diferenciar os estudos legítimos dos espúrios.

Quando pesquisadores estudam uma determinada doença, eles examinam muitos mais pacientes do que qualquer médico jamais faria. Além disso, o conhecimento clínico muda o tempo todo. Muitas vezes, o que um médico pensava que era a melhor conduta, pode ter modificado e ser considerado nocivo. Medicina é a arte das verdades temporárias.

Somente observando os fatos e julgando-os de forma justa, pode-se descobrir o que uma pesquisa médica realmente diz sobre determinado tratamento. É isso que se chama praticar medicina baseada em evidências.

Às vezes, quando um doente apresenta um quadro raro ou incomum, o médico irá encontrar pouca informação de qualidade. Nesses casos, para decidir o que é o melhor, ele deve dispor de um bom conhecimento de anatomia, fisiologia, patologia e usar esses princípios básicos para tomar decisões. Entretanto, em determinadas situações, o médico terá que confiar em procedimentos de colegas mais experientes.

A medicina baseada em evidências surgiu para minimizar muitos dos erros comuns à antiga prática médica baseada no julgamento pessoal, na opinião de autoridades ou ainda na experiência clínica, sem a devida comprovação científica.

Conhecimento compartilhado é importante, em função do volume crescente de evidências disponíveis, visando orientar as decisões clínicas.

Atualmente, a maioria das informações médicas é rapidamente acessível a partir de computadores e outros dispositivos. Apesar disso, são necessários critérios para selecionar as informações desejadas e encontrar as melhores evidências.

A utilização de acervos atualizados na prática médica vai depender do julgamento e da experiência do profissional.

Como cada paciente é único, com características particulares, a aplicação da evidência deve ser individualizada de acordo com cada caso. Não se trata doenças, mas doentes.

Medicina é ciência temperada com arte. A natureza responde apenas quando é questionada. Além do conhecimento, o médico precisa de intuição e discernimento. Dessa maneira, ideias viram conceitos.

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