Juízes vão continuar presos em ginásio da PM em Maruípe
Escute essa reportagem
A desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES), Elizabeth Lordes, negou mais uma vez pedido da defesa dos juízes Alexandre Farina Lopes e Carlos Alexandre Gutmann para que seus clientes cumpram prisão preventiva em casa.

Relatora do processo ao que os magistrados respondem por suposta venda de sentença no Fórum da Serra, Lordes conduziu a audiência de custódia dos dois, na tarde desta sexta-feira (30), por meio de videoconferência.
“Na ocasião, foi solicitada a conversão da prisão preventiva em domiciliar. Porém, não houve alteração nas condições da prisão”, disse a defesa de Farina.
O juiz esteve acompanhado na sessão virtual por quatro advogados: Rafael Lima, Larah Brahim, Antônio Carlos de Almeida Castro e Marcelo Turbay, que estudam quais serão os próximos passos.
Na quinta-feira, quando foi decidida a prisão preventiva do magistrado e do juiz Gutmann, por suposta interferência nas investigações, as defesas dos dois já haviam solicitado prisão domiciliar para eles, o que foi negada por Lordes e os desembargadores que participaram do julgamento.
Os juízes passaram a primeira noite da prisão preventiva no ginásio do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Espírito Santo, em Maruípe, onde deverão permanecer enquanto durar a determinação judicial.
Os magistrados foram encaminhados a duas das quatro salas existentes no local, destinadas a prisões especiais. Elas ficam separadas das celas dos militares que estão presos no quartel e são geralmente destinadas, se for o caso, para a prisão de autoridades políticas, juízes e oficiais militares.
Já a Sala de Estado Maior como o gabinete do comando geral e do vice comando geral da Polícia Militar não foi o destino dos magistrados por conta de possível falta de estrutura. Apenas o primeiro gabinete contaria com banheiro e o tamanho das duas salas não seria o adequado para a detenção.
A defesa de Farina confirmou que o seu cliente dormiu na sala localizada no ginásio do QCG. “A primeira noite do juiz no Quartel da Polícia Militar, localizado em Vitória, foi tranquila”. A defesa de Gutmann também foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou.
Comentários