Terapia com direito a ser enterrado vivo custa 300 mil

Uma empresa da Rússia está oferecendo uma experiência onde os clientes podem ser enterrados vivos, pelo equivalente a R$ 300 mil. Segundo a companhia, trata-se de uma "terapia" para lidar com a ansiedade e desenvolver supostas "habilidades psíquicas".

Realizado em São Petersburgo, o funeral de "imersão total" deixa os clientes enterrados vivos por até uma hora, segundo o The Moscow Times.

Yakaterina Preobrazhenskaya, fundadora da startup "Prekated Academy", diz que a simulação permite que o paciente tenha um período de autoconhecimento, domando os seus medos mais íntimos e descobrindo as supostas habilidades "psíquicas".

"É possível que, após este procedimento, o cliente descubra novos talentos e habilidades ou experimente o sucesso nos negócios", disse ela, em entrevista à rádio Govorit Moskva.

A empresa também oferece um "enterro virtual", com direito a música, velas e a assinatura de um testamento. Para isso é preciso desembolsar R$ 79 mil (13 mil libras).

No Instagram, Yakaterina afirma que o procedimento é seguro, pois a empresa "não pretende expor nossos clientes a riscos indevidos".

 De acordo com especialistas,  os  sintomas da ansiedade são similares ao medo, estado que possui uma função importantíssima para a sobrevivência e adaptação ao ambiente. É o que nos permite, segundo eles,  lutar ou fugir, por exemplo, diante de alguém que não respeita a lei ou de um motorista que não viu o sinal ficar vermelho, ou outro tipo de perigo.

É exatamente isso que se reflete na terapia russa de se enterrar as pessoas vivas, temporariamente.

Cinema

No cinema, alguns filmes já levaram a experiência ao público em filmes como o do  cineasta Quentin Tarantino, que  enterrou viva a personagem da atriz Uma Thurman, em ‘Kill Bill: Volume 2’ (2004). 

Depois, ele fez o mesmo com um dos policiais da série ‘CSI’, em um episódio dirigido por ele da quinta temporada da produção.

Em 2010, foi a vez do  ator Ryan Reynolds, que  estrelou o drama ‘Enterrado Vivo’, sobre um motorista civil de caminhão trabalhando no Iraque que acabou enterrado vivo.