“Protetor solar” de asfalto contra o calor
No Arizona, nos EUA, tipo especial de asfalto reflete a luz do sol e faz com que a superfície fique menos quente, reduzindo temperatura
Escute essa reportagem

Após um alerta de uma onda calor para os próximos dois dias, as autoridades da cidade de Phoenix, no estado do Arizona, nos Estados Unidos, buscaram investir em novas tecnologias e decidiram aplicar nas ruas uma substância que é como um “protetor solar” para conter a temperatura extrema.
O produto é um tipo especial de asfalto que reflete a luz do sol e assim faz com a superfície fique menos quente.
Desenvolvido em colaboração com pesquisadores da Louisiana State University, a composição do produto é um segredo comercial, mas cientistas afirmam que ele é baseado em óxido de titânio, um fotocatalisador em que os raios ultravioleta ativam os elétrons do composto, os absorvem e dispersam a luz e o calor.
O “protetor solar de asfalto” tem sido utilizado por grandes cidades que sofrem com as chamadas ilhas de calor, causadas pela concentração de asfalto, ruas e concreto.
Atualmente, a cidade de Phoenix já aplicou a substância em mais de 160 quilômetros – e diz que a temperatura fica cerca de 5ºC mais baixa.
Já os críticos dizem que o ideal seria plantar mais árvores e expandir as áreas de parques. O estado está em alerta de calor extremo para os próximos dois dias.
Oceanos
As altas temperaturas também estão sendo registradas nos oceanos. A medição é feita pelo sistema Copernicus de Mudanças Climáticas, da União Europeia.
Os oceanos atingiram a temperatura média mais alta já registrada. Os 20,96ºC são um centésimo maior que o anterior, de 2016.
Os cientistas alertam que os oceanos são um regulador climático vital porque absorvem o calor da atmosfera, produzem metade do oxigênio da Terra e controlam os padrões climáticos. Águas mais quentes também contribuem para o derretimento de geleiras, o que aumenta o nível dos oceanos.
Kaitlin Naughten, oceanógrafa do British Antarctic Survey, disse que os dados do Copernicus pintam um quadro alarmante para a saúde dos oceanos.
O oceanógrafo Gregory Johnson disse que as temperaturas da superfície do mar dispararam este ano. “O que estamos vendo é um aumento maciço. São cerca de 15 anos da tendência de aquecimento de longo prazo em um ano”, disse à CNN.
Comentários