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Internacional

Modelo brasileira morre na Ucrânia

Aliada das tropas da Ucrânia, Thalita do Valle também era estudante de Direito, atriz e ativista de causas animais


 

Imagem ilustrativa da imagem Modelo brasileira morre na Ucrânia
Thalita, de 39 anos, morreu em bombardeio na cidade de Kharkiv: um ex-militar do Exército brasileiro tentou ajudar a compatriota, mas também morreu no local. Já são três casos de brasileiros mortos na guerra da Ucrânia |  Foto: Redes Sociais

A brasileira Thalita do Valle, de 39 anos, aliada das tropas ucranianas que morreu na quinta-feira em um bombardeio na cidade de Kharkiv, era atriz, modelo, estudante de Direito, ativista de causas animais, socorrista e atiradora de elite.

O ataque russo também matou o ex-militar do Exército brasileiro Douglas Búrigo, de 40 anos. 

Segundo relatos de combatentes, Douglas retornou a um bunker para resgatar Thalita, única integrante da tropa que ficou para trás após o primeiro bombardeio. 

Já são três casos de brasileiros mortos na guerra da Ucrânia  – André Hack morreu em um combate na madrugada de 5 de junho.

Thalita já tinha experiência em conflitos anteriores. Socorrista e com cursos de tiro no Brasil, participou de uma missão contra o Estado Islâmico no Iraque, Curdistão iraquiano e Curdistão Sírio há três anos, conforme registros em seu canal no YouTube.

A experiência estava sendo registrada em livro redigido por Thalita em parceria com um escritor, diz a família.

Lá, Thalita recebeu treinamento para se tornar atiradora de elite e integrar um grupo conhecido como “peshmerga”, expressão usada pelos curdos para se referir aos combatentes de seu exército, segundo a família. Ela chegou a registrar imagens em vídeo nos locais de conflito na região, onde há menções ao termo curdo.

“Ela recebeu treinamento e fez os cursos necessários para ir para a linha de frente. Mas, ao entrar no exército curdo, se especializou em tiros de precisão, com armas longas. A Thalita era do exército feminino e integrava uma linha de frente com atiradoras de elite. Era uma heroína, e a vocação dela era salvar vidas, correndo atrás de missões humanitárias”, diz Théo Rodrigo Vieira, irmão de Thalita.

 

Imagem ilustrativa da imagem Modelo brasileira morre na Ucrânia
Thalita, de 39 anos, morreu em bombardeio na cidade de Kharkiv: um ex-militar do Exército brasileiro tentou ajudar a compatriota, mas também morreu no local. Já são três casos de brasileiros mortos na guerra da Ucrânia |  Foto: Redes Sociais

Segundo Théo, a especialidade da irmã era atuar como socorrista. “A função primária é fazer o resgate. Mas também tem a função de fazer a proteção, dando cobertura para quem está avançando, como atiradora de precisão”, explica.

Há uma série de vídeos onde Thalita aparece com uniforme militar na zona de conflito. A combatente estava na Ucrânia há três semanas, segundo relatos da família.

O último contato, lembra Théo, ocorreu em 27 de junho, há uma semana, quando Thalita tinha se deslocado para Kharviv, onde ocorreu o bombardeio que a matou.

Ações de resgate em Minas Gerais

Natural de Ribeirão Preto (SP), Thalita se mudou com a família desde a infância para a capital paulista, onde morou até se alistar junto às tropas ucranianas.

Em São Paulo, foi protagonista de peças teatrais durante a infância. Aos 18, também passou a trabalhar como modelo fotográfica. Thalita atuava ainda em parceria com ONGs para defender os direitos dos animais – integrava um grupo que luta em defesa dos pitbulls.

Thalita participou de resgates de animais no Brasil nos últimos anos. Esteve em uma equipe de socorristas após o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), que matou 19 pessoas em novembro de 2015. 

Também esteve em ações de buscas na tragédia de Brumadinho (MG), que deixou 270 mortos em janeiro de 2019. 

As ações de resgate foram registradas em fotos no seu perfil profissional no LinkedIn.

Lá, a estudante de Direito se identificava como integrante da comissão dos Direitos dos Imigrantes e Refugiados da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo). 

Procurado pelo portal de notícias UOL, o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) não se manifestou sobre o relato das mortes de Douglas e Thalita até a publicação desta reportagem – o órgão levou quatro dias para confirmar a morte de André.

Já a família de Douglas Búrigo disse ter sido procurada pela embaixada brasileira na Ucrânia.

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