Maior dinossauro da história é mais comprido que 2 ônibus do Transcol
Pesquisadores afirmam que o animal tinha ao menos 42 metros de comprimento e cerca de 38 metros de altura, e dezenas de toneladas
Escute essa reportagem
Com uma nomenclatura bem sugestiva, o Supersaurus pode entrar para a história como o mais longo dinossauro de que se tem notícia. Seu comprimento é maior que o de dois ônibus do Transcol em fila.
Segundo os pesquisadores, ele tinha cerca de 38m de altura e 42m do focinho à ponta da cauda – o que pôde ser descoberto pela análise criteriosa de fósseis durante quase 50 anos.
De acordo com o Live Science, o primeiro espécime do Supersaurus foi descoberto em 1972, no que era basicamente uma “salada de ossos”, nas palavras de Brian Curtice, um paleontólogo no Museu de História Natural do Arizona (EUA) que está liderando a pesquisa atualmente. “Portanto, não ficou imediatamente claro quais ossos pertenciam à besta”.
Essa ossada foi escavada na Pedreira Dry Mesa, no Colorado, pelo trabalhador de campo de dinossauros Jim Jensen, que coletou e preparou fósseis para a Universidade Brigham Young, em Utah.
Jensen descobriu um escapulocoracoide de 2,4m de comprimento – dois ossos fundidos que constituem a cintura escapular em dinossauros adultos e outros répteis.
A pedreira também continha ossos adicionais que Jensen pensava pertencerem a dois outros dinossauros saurópodes, que anos depois ele chamou de Ultrassauro e Distilossauro.
Em 1985, Jensen publicou um estudo no jornal Great Basin Naturalist anunciando a descoberta de três novos dinossauros saurópodes da pedreira. No entanto, ele não era um paleontólogo experiente e cometeu alguns erros em sua análise.
Os paleontólogos têm debatido se o Ultrassauro e o Distilossauro são gêneros válidos, ou se, como Curtice acredita, seus ossos foram identificados erroneamente e, na verdade, todos pertencem a um único Supersaurus, batizado por Curtice de Golias.
Com base nessa premissa é que Curtice conduziu sua pesquisa. A reclassificação de três dinossauros como apenas um fornece um espécime de Supersaurus mais completo para os cientistas estudarem, o que é útil para estimar suas características, especialmente o tamanho real. “Ossos encontrados em Dry Mesa pertencem ao Supersaurus, em vez de três grandes dinossauros diferentes”, disse Curtice.
Inverno vulcânico provocou extinção
Cientistas identificaram uma força adicional que provavelmente contribuiu para um evento de extinção em massa ocorrido há 250 milhões de anos.
Por meio da análise de minerais existentes no sul da China, a equipe descobriu que uma baixa drástica nas temperaturas da Terra foram provocadas por violentas erupções vulcânicas, que se somou a efeitos ambientais resultantes de outros fenômenos da época.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Science Advances, a extinção em massa do fim do período Permiano, o evento mais grave nos últimos 500 milhões de anos, eliminou entre 80% e 90% das espécies aquáticas e terrestres.
Cientistas apontam para a propagação de vastas inundações de lava no que é conhecido como Armadilhas Siberianas – uma grande região de rocha vulcânica na Sibéria.
Essas erupções causaram aquecimento global severo e liberações vulcânicas de dióxido de carbono e redução relacionada na oxigenação dos oceanos – esta última causando a asfixia da vida marinha.
As erupções das Armadilhas Siberianas não foram a única causa da extinção em massa do fim do Permiano. Somam-se a elas efeitos ambientais das erupções no sul da China e em outros lugares, com papel vital no desaparecimento de várias espécies, no evento definido como ‘inverno vulcânico’.
Comentários