Cérebro-robô ajuda pessoas com paralisia
O sistema mapeia os quatro pontos de movimento dos membros, permitindo a realização de movimentos amplos do robô com pouco input cerebral do paciente
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Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins criaram uma nova interface cérebro-máquina que permite que pessoas com paralisia nos membros ganhem mais autonomia mesmo diante de sua condição clínica.

Uma interface com eletrodos de variados tamanhos são inseridos nas partes motoras do cérebro para que os pacientes consigam ter um mínimo de movimento sem depender de assistências motoras – sejam elas outras máquinas, muletas ou mesmo ajudantes humanos.
A nova técnica “é centrada em um sistema compartilhado de controle que minimiza a quantidade de comandos mentais necessários para se completar uma tarefa”.
Em termos técnicos, o sistema faz o mapeamento dos quatro pontos de movimento dos membros (dois para cada mão), permitindo a realização de movimentos amplos do robô com pouco input cerebral do paciente.
Em testes práticos, um homem com paralisia nos braços conseguiu se alimentar sozinho. Segundo a Johns Hopkins, “ele poderia degustar uma sobremesa em até 90 segundos”.
O homem em questão exibiu alguns movimentos simples com as mãos fechadas, e o sistema os compreendeu como “cortar”, “garfar” e “levar à boca”.
A universidade reconhece, porém, que a tecnologia ainda é jovem e não deve ver uma aplicação massificada tão cedo: apesar da inovação da técnica, ainda há que se descobrir como fazer as próteses executarem comandos mais refinados.
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