A Mulher Perfeita Não Existe
Segundo pesquisa, apenas 4% das mulheres ao redor do mundo se consideram bonitas
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Durante décadas, fomos ensinadas a perseguir um padrão que nunca foi nosso. Uma mulher com cintura fina, pele impecável, cabelos sedosos, corpo sem marcas, rugas ou celulites. Uma mulher que não envelhece, não engorda, não cansa. Um ideal inatingível que foi estampado em capas de revistas, novelas, redes sociais, e que, por muito tempo, nos fez acreditar que só seríamos amadas, respeitadas ou bem-sucedidas se fôssemos assim. Mas hoje, a verdade está vindo à tona: essa mulher perfeita não existe, e quer saber? Nunca existiu.
Segundo dados da Dove Global Beauty and Confidence Report, apenas 4% das mulheres ao redor do mundo se consideram bonitas. No Brasil, um país com diversidade étnica e cultural imensa, mais de 60% das mulheres dizem sentir pressão para se encaixar em padrões de beleza irreais. Isso significa que a maioria de nós passa a vida inteira lutando contra o espelho, contra o próprio corpo, contra a própria história.
Mas algo está mudando. E essa mudança é urgente, necessária e libertadora, graças a Deus!.

A nova beleza é real. Ela tem curvas, flacidez, rugas, cicatrizes. Tem histórias de superação, parto, luto, recomeço. Ela está nos corpos que viveram, que carregaram filhos, dores, medos e conquistas. Está na pele que já sentiu o sol, o tempo, e que não precisa ser retocada para ter valor.
Autoestima não é sobre se encaixar, é sobre se reconhecer.
É entender que beleza não é medida por números na balança ou no manequim. É se olhar com mais gentileza, se tratar com mais respeito, falar com mais amor diante do espelho. Porque cada corpo é um território sagrado. Cada mulher carrega um padrão próprio, uma história única, um jeito especial de ser.
A desconstrução da mulher perfeita não é apenas um movimento estético, é uma revolução emocional e social. É libertar meninas de crescerem odiando seus corpos. É impedir que mulheres adultas adoeçam tentando se encaixar em filtros irreais. É dar espaço para todas: negras, brancas, indígenas, gordas, magras, altas, baixas, jovens, maduras.
É parar de nos comparar para começar a nos celebrar.
E não se engane: isso não significa abandonar o cuidado com o corpo, a saúde, o autocuidado. Pelo contrário. Cuidar de si é um ato de amor, não de obrigação. Mas esse cuidado precisa vir de um lugar de verdade, não de culpa ou punição.
Estamos falando de uma autoestima que não se mede por curtidas, mas por paz interior. Uma autoestima que acolhe, que entende que a beleza é múltipla, que o real é mais bonito do que o perfeito. Porque o real vive, sente, pulsa. E o perfeito, não.
Você não precisa ser a mulher que o mundo espera. Você precisa ser a mulher que te faz feliz.
Por isso, hoje, o meu convite para você hoje é claro: solte o ideal, abrace o real. Olhe para si com os olhos que usaria para olhar a mulher que você mais ama no mundo. Você é feita de muito mais do que aquilo que vê. E é exatamente aí, nessa soma de imperfeições, que mora a beleza mais poderosa que existe: a de ser você mesma.
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