Vice assina carta de renúncia e libera Cruzeiro para formar conselho gestor
Escute essa reportagem
Horas após demonstrar resistência para assinar os termos de saída do Cruzeiro, Ronaldo Granata formalizou sua renúncia ao cargo de segundo vice-presidente do clube na noite desta sexta-feira (20).
Além dele, Wagner Pires de Sá e Hermínio Lemos, presidente e primeiro vice-presidente, respectivamente, já haviam renunciado. Desta forma, a chapa eleita está fora do clube, abrindo caminho para a formação de um conselho gestor para administrar o clube.
Desde o mês de maio, Wagner Pires vinha sofrendo pressão cada vez maior para renunciar ao cargo. Nos últimos meses, Sérgio Nonato e Itair Machado, que também fizeram parte da sua diretoria, deixaram o clube. A situação de Wagner ficou insustentável depois do rebaixamento do Cruzeiro para a Série B.
Após a demissão de Zezé Perrella, José Dalai Rocha ficou com a presidência do Conselho Deliberativo e buscou um acordo para uma renúncia coletiva. Se isso não fosse possível, uma assembleia seria convocada em janeiro para votar o afastamento do presidente.
Após rejeitar sair em um primeiro momento, Wagner aceitou deixar o clube e ganhou a companhia de Hermínio. Por último, Granata também mostrou contrariedade, mas acabou aceitando a renúncia para, segundo ele próprio, não ser um obstáculo na reformulação da instituição.
Sem o trio, o Cruzeiro fica livre para formar um comitê que irá comandar o clube até as novas eleições.
Esse grupo deverá ter sete pessoas, dentre eles alguns empresários e parceiros do clube, como Pedro Lourenço, da rede Supermercados BH, Emílio Brandi, do grupo Nova Safra, Saulo Tomaz Froes, da Lokamig, e Alexandre de Souza Faria, da Multiseg.
Aquiles Diniz, fundador do Banco Intermedium, atual Banco Inter, foi cogitado, mas deverá ajudar a agremiação apenas de fora, sem integrar o grupo. Agora, o Conselho Deliberativo também terá a tarefa de preparar a instituição para uma nova eleição. Além da presidência, outros cargos também serão votados.
Comentários