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Esportes

Quem é quem na guerra política pela presidência do Corinthians


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O Corinthians viveu um dos dias mais conturbados de sua história na noite de sábado, 31, quando Augusto Melo, afastado da presidência do clube, foi ao Parque São Jorge para se autoproclamar reconduzido ao cargo, ocupado de por Osmar Stábile, seu vice. O dirigente se baseia em decisão tomada pela 1ª Secretária do Conselho Deliberativo, Maria Angela de Sousa Ocampos, que assumiu o comando do órgão após decisão que afastou Romeu Tuma Júnior da função.

Melo alega estar de volta ao comando. Stábile e seus aliados, por outro lado, dizem que a decisão de Ocampos não é válida. O próprio afastamento de Tuma é questionado.

Esses quatro nomes são os principais personagens do momento na guerra política que arrasa os bastidores do clube alvinegro desde o início de 2024, primeira vez em 16 anos que o Corinthians passou a ser presidido pela oposição ao grupo político Renovação e Transparência, liderado por Andrés Sanchez.

Romeu Tuma Júnior

Delegado de classe especial e ex-deputado estadual, Romeu Tuma Júnior é filho de Romeu Tuma, ex-senador e ex-chefe do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, um dos principais órgãos de repressão da ditadura militar.

Conselheira trienal eleita no final de 2023, como integrante da chapa Paixão Corinthiana, Ocampos é 1ª Secretária do Conselho Deliberativo. Com o afastamento de Tuma Jr., a presidência caiu nas mãos de Roberto de Medeiros, que está afastado por licença médica. Terceira na hierarquia e aliada de Augusto, Ocampos assumiu o cargo e tomou a decisão de anular os atos do ex-deputado.

“Determino, no pleno exercício das minhas funções de presidente do Conselho Deliberativo: 1) a suspensão dos efeitos de todos os atos irregularmente praticados pelo senhor presidente do Conselho Deliberativo, senhor Romeu Tuma Júnior, desde o dia 9 de abril de 2025, data em que foi determinado e se tornou notório o seu afastamento dos exercícios de suas funções, decretando a nulidade inclusive da decisão tomada pelo plenário do Conselho Deliberativo no dia 26 de maio de 2025, relativamente ao afastamento do cargo do senhor presidente da diretoria”, diz a decisão.

Osmar Stábile

Primeiro vice-presidente do Corinthians, Osmar Stábile é empresário d aindústria metalúrgica e sócio da Bendsteel. Assumiu a presidência após o afastamento de Augusto Melo, conforme determina o estatuto. No sábado, ficou frente a frente com o agora adversário político, no quinto andar do Parque São Jorge. Durante o encontro tenso, Melo dizia que ele deveria entregar a cadeira de presidente.

Imagem ilustrativa da imagem Quem é quem na guerra política pela presidência do Corinthians
Osmar Stábile, presidente interino do Corinthians, conversa com membros de organizadas do Corinthians, durante confusão no Parque São Jorge. Foto: Mastrangelo Reino/Estadão

“Reforço também, para entendimento amplo, o aviso de que toda e qualquer mudança respeitará o Estatuto, que, neste caso, não abre possibilidade de afastamento do presidente do Conselho Deliberativo sem a devida aprovação em plenário a ser feita pelo órgão, independentemente de ofícios expedidos pelas comissões”, disse o interino em nota oficial.

Embora eleito vice-presidente, Stábile afirma que não participava de muitas das decisões tomadas por Melo, mesmo discurso adotado pelo antes segundo e agora primeiro vice Armando Mendonça.

Ele em longo histórico na vida política do Corinthians. É conselheiro vitalício desde 2006 e foi vice-presidente de esportes terrestres de Alberto Dualib, presidente que também sofreu impeachment, em 2007, ano do rebaixamento da equipe do Parque São Jorge à Série B do Campeonato Brasileiro.

Stábile nunca escondeu de seus colegas o desejo de ser presidente do Corinthians. Foi candidato à presidência ainda em 2007 e em 2009, mas acabou perdendo ambos os pleitos para Andrés Sanchez, e concorreu como vice em 2012 e 2018, na chapa de Roque Citadini, quando também acabou derrotado nas duas oportunidades.

Augusto Melo

Presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo se diz vítima de uma trama para tirá-lo do poder. Até mesmo o indiciamento do qual é alvo foi classificado por sua defesa, liderada pelo advogado Ricardo Cury, como um movimento político. Ele insinua que Romeu Tuma Jr. usou sua influência na polícia durante as investigações do caso Vai de Bet.

Quando deu coletiva de imprensa, no dia seguinte ao indiciamento, ao lado de Cury, Melo afirmou que não tentaria judicializar a votação de impeachment, mas tentou, por diversos meios e sem sucesso, cancelar a reunião que mais tarde culminou em seu afastamento.

Um grupo de aliados chegou a contratar o advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff, para tentar a suspensão da reunião.

Augusto entendia ser necessário o encerramento das investigações pela Polícia Civil para, enfim, a reunião ser realizada. Ele é alvo de outros três processos de impeachment, que fazem referência a questões financeiras do clube, como a reprovação das contas do ano passado e o aumento do passivo.

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