Palmeirenses não ligam para delay da TV na Caraíbas e estão otimistas para ir às oitavas do Mundial
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A torcida massiva dos palmeirenses em East Rutherford, nos Estados Unidos, e nas Perdizes, em São Paulo, foi recompensada pela vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Al-Ahly, pela segunda rodada do Grupo A do Mundial de Clubes.
O histórico de confrontos entre os brasileiros e egípcios em Mundiais (os clubes se enfrentaram nas edições de 2020 e 2021) elevou a tensão de quem assistia ao jogo. Com o Al-Ahly tendo as primeiras ações, o nervosismo foi o primeiro sentimento dos palmeirenses na rua Caraíbas, ao lado do Allianz Parque.
Logo o clima mudou, com crescimento do time alviverde. O barulho da torcida fazia parecer possível que a arquibancada norte do Allianz Parque tivesse sido instalada na rua.

A empolgação deu lugar a um momento de raiva quando Vitor Roque teve chance de abrir ao placar, aos 10 minutos. Até mesmo quem estava a mais de mil quilômetros da partida, em São Paulo, viu Estêvão, opção de passe que o camisa 9 não notou.
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O auge da consternação na primeira etapa veio com o cartão vermelho para Raphael Veiga. “Nada, nada, nada”, bradavam alguns palmeirenses, tentando alertar o juiz Anthony Taylor. O inglês foi ao VAR e não chegou a concordar, mas trocou a punição por cartão amarelo, comemorado como gol.
O segundo tempo reservou a comemoração de fato. Na Caraíbas, com mais de uma transmissão, o delay se fez presente. No local em que a reportagem do Estadão estava, o gol levou cerca de 20 segundos para ser comemorado, após os torcedores de outros lugares da rua já terem avisado que a bola entrou.

Não importava o delay a quem estava ali. Naquele momento, não tinha hora errada para o gol sair. “Senti alívio! Demorou muito para sair gol. A gente precisava muito ganhar hoje”, desabafou a palmeirense Juliana Tiburcio, que acompanhava o jogo em Perdizes.
Quando a partida foi paralisada por ameaça de chuva, teve quem nem soube da informação. Os palmeirenses apenas comemoravam a vantagem, já de 2 a 0 no placar. Na retomada, o ritmo da festa aumentou ainda mais, com a cantoria conduzida pela bateria de torcidas organizadas.
Abel Ferreira disse que poderia ter acontecido uma goleada do Palmeiras. O torcedor Danilo Santoro não viu o jogo com o treinador, mas concorda. “Podia ser melhor. A entrada do Flaco e do Maurício deu uma melhorada”, avaliou.

Ele está otimista para mais uma vitória, na próxima segunda-feira, dia 23, diante do Inter Miami, no Hard Rock Stadium: “Tem o Messi, mas o Messi não joga sozinho”.
O time brasileiro precisa apenas empatar com o Inter Miami na rodada derradeira da fase de grupos. A equipe de Messi venceu o Porto e igualou o Palmeiras em pontos. Apenas se for derrotado, o clube brasileiro tem a vaga ameaçada.
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